Memória de protótipo introduzida, 100.000 vezes mais rápida do que as contrapartes existentes

Memória de protótipo introduzida, 100.000 vezes mais rápida do que as contrapartes existentes

Arkadiy Andrienko

Uma equipe de pesquisadores da China anunciou a criação de um protótipo de memória não volátil que é 100.000 vezes mais rápida do que as contrapartes existentes. Os resultados, publicados na Nature, descrevem uma tecnologia capaz de realizar operações de leitura e escrita em apenas 0,4 nanosegundos. Para comparação, isso é dezenas de milhares de vezes mais rápido do que os atuais chips de cache baseados em SRAM.

O desenvolvimento é baseado em materiais bidimensionais — grafeno e disseleniato de tungstênio (WSe₂). Suas propriedades únicas permitiram que os pesquisadores superassem as limitações físicas dos transistores de silício, que permaneceram em grande parte inalterados desde a década de 1960. Em sistemas tradicionais, a velocidade é limitada pela necessidade de "acelerar" os elétrons usando um campo eletromagnético. Nesta nova memória, as partículas se comportam como sem massa, o que reduz drasticamente a perda de energia e acelera a transferência de dados.

O protótipo tem uma capacidade modesta de cerca de 1 KB, mas demonstra uma confiabilidade impressionante com mais de 5,5 milhões de ciclos de reescrita sem degradação. Os pesquisadores observam que o principal desafio agora é escalar a tecnologia. Nos próximos cinco anos, eles planejam aumentar a capacidade da memória para dezenas de megabytes e iniciar a produção comercial.

O desenvolvimento está em andamento desde 2015. Em 2021, um modelo teórico foi proposto, e em 2024, o primeiro chip com um comprimento de canal de 8 nm foi criado, quase metade do limite para equivalentes baseados em silício. De acordo com os pesquisadores, a implementação de tal armazenamento poderia reduzir o consumo de energia do processador e acelerar tarefas em redes neurais, onde a velocidade de processamento de dados é crítica.

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