The Witcher 2: Assassins of Kings apresenta uma das escolhas estruturais mais ousadas nos RPGs modernos: um ponto de ramificação importante que muda completamente todo o segundo ato. Muitos jogadores ainda o consideram uma das reviravoltas narrativas mais fortes da série — mas a CD Projekt RED não tem planos de repeti-lo.
Em uma entrevista com a PC Gamer, o co-chefe da CD Projekt RED, Adam Badowski, admitiu que divisões narrativas em grande escala simplesmente não valem a pena, porque uma parte significativa dos jogadores verá apenas um dos caminhos.
Em The Witcher 2, tivemos uma estrutura de jogo muito difícil, porque existem dois caminhos. Você pode seguir um caminho e não verá o outro. Do ponto de vista da produção, é um desperdício de recursos. Do ponto de vista do jogador, pode ser legal, mas definitivamente foi [um] experimento.
Enquanto trabalhava em The Witcher 3: Wild Hunt, a equipe repensou sua abordagem e se concentrou em manter alta qualidade narrativa enquanto se movia para um enorme mundo aberto.
A maior questão era como poderíamos entregar um jogo tão grande em um mundo aberto, mantendo [a] ótima história de Geralt, e havia muitas dúvidas naquela época.
Segundo ele, a decisão estava longe de ser óbvia. Na época, Skyrim dominava a conversa sobre RPGs de mundo aberto — e o sucesso da Bethesda não era exatamente conhecido por sua narrativa coesa. Muitas pessoas duvidavam que a CDPR pudesse combinar a escala de um mundo aberto com a profundidade de uma narrativa centrada em personagens.
Foi logo após o sucesso de Skyrim, então as pessoas estavam super focadas naquele jogo, e estavam comparando nosso conceito com Skyrim e às vezes dizendo que não ia funcionar. Então foi [um grande] momento para a empresa.
Mais cedo, Badowski também lembrou como Game of Thrones influenciou o tom de The Witcher 3, ajudando o estúdio a se inclinar com confiança para a fantasia sombria.