
De Silício a Moléculas: Cientistas Desbloqueiam a Chave para Pequenos Supercomputadores

Uma equipe internacional de pesquisadores revelou um composto orgânico capaz de conduzir eletricidade com eficiência recorde — uma descoberta que pode formar a espinha dorsal de processadores ultra-compactos e que economizam energia, indo além dos limites das tecnologias tradicionais de silício.
Físicos da Universidade de Miami, Georgia Tech e da Universidade de Rochester engenharam uma molécula à base de carbono, enxofre e nitrogênio que apresenta propriedades elétricas notáveis. Ao contrário dos materiais convencionais, os elétrons podem viajar através dessa molécula por distâncias de várias dezenas de nanômetros sem perder energia.
Experimentos confirmaram que o composto permanece estável à temperatura ambiente e é compatível com componentes nanoeletrônicos existentes. Isso o torna um forte candidato para uso como “fios moleculares” para conectar elementos dentro de microchips — ou até mesmo para construir qubits, as unidades fundamentais dos computadores quânticos.
O desenvolvimento ocorre em um momento crítico, à medida que a tecnologia de silício se aproxima dos limites físicos da miniaturização. De acordo com a equipe de pesquisa, a nova molécula não depende de materiais caros e pode reduzir significativamente os custos de fabricação de chips.
O estudo, publicado no Journal of the American Chemical Society, levou mais de dois anos para ser concluído. O próximo passo é testar a molécula em dispositivos do mundo real e explorar como escalar a tecnologia. As descobertas estabelecem as bases para sistemas computacionais que são não apenas menores, mas também mais poderosos do que as soluções atuais — incluindo aquelas usadas no processamento de dados quânticos.
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