O Grande Sucesso Artístico de Paul Thomas Anderson: Por Que Uma Batalha Após Outra Estrelando Leonardo DiCaprio Está Fazendo Ondas

O Grande Sucesso Artístico de Paul Thomas Anderson: Por Que Uma Batalha Após Outra Estrelando Leonardo DiCaprio Está Fazendo Ondas

Lidia Churkina
30 de outubro de 2025, 14:16
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Uma Batalha Após Outra está ganhando força nas bilheteiras. Dirigido pelo cineasta cult Paul Thomas Anderson, o filme é uma obra poderosa — uma mistura ambiciosa de estética de cinema alternativo e energia de blockbuster. Ele une três vencedores do Oscar e carrega ideias marcantes sob sua superfície. Poderia este ser o filme definidor do ano? Vamos analisar o que o torna tão ressonante.

História Se Repete: De Reagan a Trump

O roteiro de Uma Batalha Após Outra levou quase vinte anos para ser concluído. Anderson admite que não foi fácil dar vida à sua visão. A história se inspira no romance pós-moderno de Thomas Pynchon, Vineland — uma narrativa sobre a decadência da contracultura, conflito geracional e controle estatal. Anderson transpõe a ação do romance de 1984, o ano em que Ronald Reagan foi reeleito, para a América contemporânea.

Os revolucionários protestam agressivamente

O resultado é um filme tão politicamente carregado que parece pairar à beira da censura. Como Stephen King’s The Long Walk, é uma história sobre resistência. Aqui, os revolucionários lutam contra novas formas de repressão — desde proibições de aborto até a perseguição de migrantes. O filme começa com a libertação de detidos na fronteira EUA-México e mais tarde faz referência a uma versão ficcionalizada do ICE, a agência de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA.

Anderson traça paralelos históricos com habilidade: 1984 — a reeleição de Reagan e a ascensão do conservadorismo neoliberal; 2024 — o retorno de Donald Trump ao poder e o endurecimento da política de imigração. A história, parece sugerir o diretor, se move em círculos.

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Quando o Pessoal Se Torna Político

Como mencionado, o filme reúne três atores vencedores do Oscar — Leonardo DiCaprio, Sean Penn e Benicio del Toro. Os dois primeiros assumem os papéis principais: protagonista e antagonista. DiCaprio interpreta Bob, o chefe de um grupo revolucionário de esquerda, enquanto Penn retrata o Coronel Lockjaw, um homem profundamente enraizado na elite política. Dois líderes em lados opostos da barricada. Uma ditadura não deixa espaço para o meio-termo — ainda assim, ambos os lados, como argumenta o filme, pertencem à mesma moeda.

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Seus destinos se entrelaçam através de uma mulher — a camarada e esposa de Bob, Perfidia Beverly Hills. Ela dá à luz uma filha chamada Charlene, que anos depois coloca os dois homens em conflito direto. Através da história dessa criança, Anderson reflete sobre a paternidade, retratando-a sob perspectivas morais e biológicas e questionando o que realmente faz alguém ser um pai.

A nova geração é uma esperança de mudança

Charlene se torna uma ponte simbólica entre os mundos em guerra — uma metáfora previsível, mas poderosa: a nova geração sempre age de forma diferente da antiga. Ela é a filha da revolução, uma esperança para uma realidade que nunca se concretizou. Os revolucionários falharam em derrubar o sistema e agora vivem escondidos, assombrados e caçados. No entanto, o sistema também colapsa sob seu próprio peso — uma verdade revelada pelo final do filme. Anderson não permanece neutro: suas simpatias estão claramente com os rebeldes.

Visão Retro: Uma Revolução Através de uma Lente Mais Ampla

Mais uma vez, Anderson nada contra a corrente. Em vez de câmeras digitais, ele escolheu o VistaVision, um formato de filme vintage da Paramount dos anos 1950. A técnica roda o filme de 35 mm horizontalmente, dobrando o tamanho do quadro e entregando uma resolução quase IMAX. A imagem não é apenas bonita — ela respira. Cenas de perseguição e tiroteios parecem deslumbrantes na tela grande, cheias de ar e textura.

Anderson não é o único a reviver o VistaVision — o drama de 2024 The Brutalist também foi filmado nesse formato. Grandes negativos de filme estão claramente fazendo um retorno entre os diretores. Talvez seja o apelo do grão analógico e a alta fidelidade dos quadros horizontais — ou talvez seja parte da onda retro mais ampla que tem definido os anos 2020.

Apesar da nostalgia, a década está inegavelmente dando à luz novas tendências. Recentemente, discutimos Instruments, um filme pertencente ao gênero em rápido crescimento de “horror do luto” — prova de que o cinema continua a evoluir de maneiras surpreendentes.

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One Battle After Another é um filme maduro e confiante, com todo o direito de reivindicar sucesso. Sob a casca de um espetáculo de ação à la Kill Bill, existe uma história sobre ideais, esperança e amor. Por trás dos tiros e perseguições, há um profundo anseio por um mundo onde uma pessoa pode escolher não um lado político — mas a humanidade em si.

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