
A Caminhada Longa de Stephen King: Você Deve Assistir à Nova Adaptação?

Uma nova adaptação de The Long Walk de Stephen King chegou aos cinemas — e sim, este foi o primeiro romance de King, não a mais famosa Carrie. Vamos analisar o que funciona, o que não funciona e se o filme vale o seu tempo.
Sobre o que realmente é The Long Walk
Stephen King escreveu The Long Walk em 1966, durante o auge da Guerra do Vietnã. Foi um tempo ansioso, e o romance refletiu isso — filosófico, político e desconfortavelmente realista. A publicação teve que esperar até 1979, após o fim da guerra. Embora Carrie (1974) tenha sido lançado primeiro, The Long Walk foi na verdade escrito antes. King o lançou sob o pseudônimo Richard Bachman.
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A história se passa em uma América alternativa governada por uma ditadura militar — uma distopia brutal no espírito de 1984 de George Orwell. Em vez do Grande Irmão, há um líder sombrio conhecido como o Major. O governo organiza um “jogo” nacional chamado The Long Walk, no qual meninos adolescentes devem andar sem parar a quatro milhas por hora (cerca de 6,4 km/h). E enquanto em Final Destination todos encontram uma morte singularmente distorcida, aqui é simples — aqueles que ficam para trás são mortos. O evento é transmitido por todo o país: os cidadãos torcem, choram e assistem os meninos morrerem na televisão ao vivo. É uma metáfora arrepiante para a conscrição em tempos de guerra — jovens enviados para morrer sob slogans patrióticos, enquanto um público impotente pode apenas assistir com medo.
King nunca explica o que levou a essa ordem totalitária — esse não é o ponto. Para ele, a Caminhada é uma metáfora para a própria vida: longa, sem sentido e cruel. O romance faz referências a Søren Kierkegaard e Friedrich Nietzsche, ancorando seu horror na filosofia existencial. É uma história sobre significado, resistência e amadurecimento em um mundo brutal.
Relendo King: O que o Filme Muda
O pôster do filme espelha o design da primeira edição do romance — uma homenagem do diretor Francis Lawrence (Jogos Vorazes, Eu Sou a Lenda, Constantine). Mas Lawrence muda tanto a ênfase quanto o final.
Na versão de King, a tensão se constrói através do monólogo interno do personagem principal, Ray Garraty. O filme move esse conflito para fora, focando em vez disso na amizade e em momentos fugazes de humanidade. Os personagens, no entanto, parecem subdesenvolvidos: esboçados em vez de vividos. Suas histórias passam muito rapidamente para que nos importemos.
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O filme troca o tom existencial de King por drama social e político. Ray se junta à Caminhada em busca de vingança contra o Major, que executou seu pai. No final, ele desiste de sua vingança — sacrificando-se para acabar com o ciclo de violência. Seu amigo Peter sobrevive e, por fim, mata o Major, transformando o clímax em uma rebelião simbólica contra o sistema.
Lançado em 2025, o filme toca em um ponto sensível. Medo de vigilância, guerra, ditadura, capitalismo e desequilíbrio de poder — tudo isso está presente, refratado através da alegoria sombria de King.
Um Filme de Estrada Sem Cenário
No seu cerne, The Long Walk é um filme de estrada — um gênero clássico americano onde a jornada é a história. Aqui, a própria paisagem conta a história. O filme se desenrola por estradas americanas queimadas: rodovias sem fim, campos desbotados pelo sol e o ocasional transeunte fantasmagórico — a mãe de Ray, uma mulher que torce, um veterano sem pernas. Os caminhantes chegam a uma cidade apenas no final de sua sangrenta provação.
O diretor de fotografia Jo Willems (Jogos Vorazes) encontra ângulos novos mesmo na monotonia. Sua câmera nunca perde o foco nos atores em constante movimento. Quase cada morte é filmada em close-up: olhos aterrorizados, gritos desesperados, rostos retorcidos pela dor. Essas imagens angustiantes ecoam o filme de Elem Klimov, Vem e Veja — apenas com um toque de intensidade de slasher.
***
The Long Walk muitas vezes parece áspero, como um primeiro rascunho que poderia ter sido uma minissérie. Há tanto no conceito de King — a filosofia, os personagens, o horror — que luta para caber em duas horas. Ainda assim, Lawrence acerta na construção de um mundo opressivo: o filme te agarra, te choca e não te solta.
Esta adaptação provavelmente atrairá fãs de thrillers de sobrevivência, Jogos Vorazes e Round 6. E apesar de suas falhas, sua mensagem é clara: The Long Walk é tanto um aviso político quanto uma meditação sobre resistência — surpreendentemente relevante para os instáveis anos 2020, uma era obcecada em processar traumas através do cinema.
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