
Revisão de Destino Final: Linhagens. Como você está lidando com aquela cena do caminhão de madeira e dos troncos?

A notícia sobre o retorno da franquia Final Destination com Bloodlines causou empolgação entre os fãs. Não é surpreendente — o último filme foi lançado há 14 (!) anos. Desde os primeiros trailers, ficou claro: os espectadores devem esperar mortes elaboradas, que é o que eles amam na série. Mas Bloodlines pode oferecer algo novo — ou recebemos apenas mais uma atração sangrenta sem uma faísca? A Morte perdeu toda a sua criatividade nesta edição, e com isso, o interesse do espectador? Leia na crítica!
Morte por Herança
Ao contrário das edições anteriores que começam com desastres em grande escala, Bloodlines reinicia toda a mitologia da franquia e tenta explicar tramas anteriores, unindo-as em um nível global. Não podemos evitar spoilers aqui — você pode pular este fragmento, mas é importante para entender o conceito.
Como tudo começou? Em 1968, durante a inauguração da torre do restaurante Skyview (em forma de roda em um raio), uma jovem chamada Iris Campbell (Brec Bassinger) previu uma catástrofe: o chão de vidro desmorona, o pânico se instala, um incêndio irrompe, vazamentos de gás — a torre explode e desmorona. Mas graças à sua visão, Iris conseguiu avisar seu noivo Paul (Max Lloyd-Jones) e os convidados — todos foram salvos.
Aqueles que escaparam do destino horrível se dispersam pelo mundo, formam famílias, têm filhos e netos. E aqui vem a nova ideia — uma maldição familiar. A ordem interrompida deve ser restaurada, e a Morte começa a caçar os descendentes dos salvos. Assim, todo o ciclo de Final Destination recebe uma explicação lógica — a Morte está desatando o nó amarrado em 1968. Essa mesma premissa estabelece a base para sequências se o novo filme se mostrar bem-sucedido.
Portanto, em 2025, a Morte quase terminou de limpar a lista, mas Iris se esconde em sua propriedade e permanece vigilante. A Morte tem que agir através dos descendentes — sua neta Stephanie começa a ter premonições de morte. Isso se torna insuportavelmente difícil para ela, e ela acaba encontrando Iris — agindo inconscientemente como isca para um peixe muito grande.
Nesse sentido, Final Destination: Bloodlines não é um filme sobre sobrevivência, mas sobre pagar o preço por uma batalha com a morte que foi uma vez vencida. O encontro de Stephanie com Iris ativa a fase final de correção — a Morte vem pessoalmente por Iris, e depois começa a limpeza final de um futuro que nunca deveria ter acontecido.
Is comedy acceptable in a horror about death if the jokes
Enredo: Seguindo o Pesadelo
A personagem principal é a estudante universitária Stephanie Reyes (Kaitlyn Santa Juana). Por três meses, ela tem sido atormentada por pesadelos sobre morrer em uma torre de restaurante em colapso. As visões se tornam cada vez mais vívidas, realistas e assustadoras... Stephanie desiste da faculdade para descobrir o que está acontecendo com ela. A trilha leva até sua avó — Iris (Gabrielle Rose), que uma vez já enganou a Morte.
Um papel importante no desenvolvimento da trama é desempenhado por um livro compilado por Iris, onde ela anotou todas as informações sobre presságios que deveriam ajudar a prever e prevenir mortes futuras. Embora, por um tempo, Stephanie se proteja bem graças à sua intuição.
O que se segue é um clássico do gênero. Um a um, os personagens morrem. Eles passam por estágios familiares: negação, pânico, tentativas desesperadas de sobreviver. Nenhuma ilusão permanece — a Morte não pode ser enganada. O filme não se pretende um drama profundo ou ter um roteiro complexo; pelo contrário, é uma atração trash com desmembramentos e litros de ketchup na tela. É exatamente isso que os espectadores vêm buscar, e o filme entrega honestamente sua fórmula.
Um dos momentos chave foi o retorno do agora falecido Tony Todd — mesmo que apenas por alguns minutos, é uma aparição significativa. Seu personagem, William Bludworth, novamente traz avisos sombrios. Em Bloodlines, sua história estava ligada à tragédia de 1968, integrando-o ao cânone da franquia.
Todos os Meus Medos Secaram
Vamos passar para o filme em si. Os diretores Zach Lipovsky e Adam B. Stein são fãs da série, mas a questão é, do que exatamente eles são fãs? Situações previsíveis, ações estúpidas, personagens clichês e situações ridículas nas quais tentam mostrar sua profundidade? Em uma hora e meia, o filme não conseguiu assustar de maneira especial, mas divertir — oh, há uma atração ou gag a cada cinco minutos.
Não quero dizer que as coisas eram melhores antes, mas os primeiros filmes sabiam como construir tensão através da previsibilidade ansiosa, e situações cotidianas se transformavam virtuosamente em armadilhas mortais, que, no entanto, tinham uma sequência rigorosa. Depois de assistir, é legal relembrar tudo isso novamente na sua cabeça... Os presságios e o senso de ameaça iminente eram muito fortes.
E quanto a Bloodlines? Zach e Adam parecem zombar da franquia, criando uma paródia em quase cada morte. Se a primeira morte parece lógica, a morte de cada personagem subsequente se transforma em absurdo. Morrer sob as rodas de um cortador de grama? Em um contêiner de lixo? Não, sério, em um contêiner de lixo — esta é uma ilustração visível de quão baixo Hollywood caiu. As duas últimas mortes são uma homenagem à segunda parte, desculpe pelo pequeno spoiler. Em tais momentos, o filme perde tensão e se transforma em uma espécie de competição pela morte mais ridícula. Em vez de simpatizar com os personagens, você sente um divertimento malicioso, esperando para ver quem ganhará mais rapidamente um simbólico Prêmio Darwin.
Heróis Que Não Estão Lá
Os trailers nos prometeram uma trama complexa, a revelação de um passado trágico e pontos de entrada emocionais. Na realidade — uma história plana correndo para o final como um trem expresso. Os roteiristas pareciam tentar: cada personagem tem esqueletos no armário. Por exemplo, Stephanie — a única inteligente da família — está prestes a ser expulsa da universidade.
Seu pai Marty (Tinpo Lee) é um pai solteiro, sustentando seus filhos com todas as suas forças, mas em crise após sua esposa Darlin (Rya Kihlstedt) ter saído há vinte anos. Seu irmão Howard (Alex Zahara) — apesar da idade, ainda é profundamente afetado por sua infância com a louca Iris, embora agora pareça desfrutar de seu status como um exemplar homem de família com um emprego, casa e três filhos travessos.
Todas as cenas são bem encenadas, e até mesmo um espectador despretensioso entenderá seu significado. Os atores também tentam honestamente e, na primeira metade, se encaixam em seus papéis. Embora seu alcance emocional seja estreito: alegria, fadiga, diversão, tristeza, medo.
Após a primeira onda de mortes, esperaria-se logicamente uma reação dos sobreviventes, mas não há nenhuma. Por exemplo, a esposa de Howard — Brenda — simplesmente desaparece da trama. Mesmo que seu marido e filha morram, seu filho está em perigo, e o mais velho faz todo tipo de coisas estúpidas — ela simplesmente sai da história. O mesmo acontece com Marty: após uma série de mortes, ele de alguma forma mantém o otimismo. As reações às perdas são superficiais, a tristeza é nominal. É impossível se conectar com Stephanie e sua família. Em Destino Final 2, estranhos se tornaram família até o final, e você se importava com eles. Aqui, apesar dos laços familiares, tudo é vazio.
O erro na escolha dos atores finaliza a imagem. Por que adultos estão interpretando adolescentes? Os estúdios de Hollywood não podem mais escalar jovens de 14 a 18 anos? Houve uma greve de maquiadores e todos tiveram que se virar sozinhos? Como resultado — papéis adolescentes são interpretados por homens e mulheres maduros. Sim, eles são jovens, mas são adultos. As mesmas cenas com adolescentes reais, com suas figuras ainda não totalmente formadas, pareceriam mais autênticas.
Can an adult actor convincingly play a teenager in horror?
É Tão Bonito Aqui, Eu Paro de Respirar
Há algo bom? Absolutamente — a cena de abertura. Ela explora as fobias mais comuns, realmente impressiona e até entretém. O estilo retrô adiciona frescor à série, e o cenário do restaurante — o salão em colapso, caos, pânico, um caleidoscópio de medo e dor — é feito com imaginação. É uma pena que, após isso, o filme de repente perca escala e ambição, se transformando em um filme de estrada ou em um filme de ação quase de câmara. Ao mesmo tempo, os autores por algum motivo continuam a retornar a essa cena de abertura, repetindo-a de diferentes ângulos, como se tentassem lembrar ao espectador: veja, tivemos uma boa ideia.
Bloodlines ainda mantém um ritmo alto de narração, não permitindo que o espectador fique entediado, mas isso é alcançado através do humor. Um dos momentos mais memoráveis e engraçados do filme é a revelação de que Eric (Richard Harmon) não é o filho biológico de Howard. Isso explica por que a Morte o ignora e adiciona pelo menos uma reviravolta na trama.
Mas mesmo aqui não podemos deixar de mencionar um defeito como o CGI. É surpreendentemente fraco, em alguns lugares simplesmente vergonhoso. A impressão é que o orçamento para efeitos visuais acabou após o primeiro rascunho. Como na infeliz quarta parte, os gráficos parecem baratos: as chamas se assemelham ao fogo de jogos móveis de uma década atrás, o sangue — a consistência de ketchup, e os corpos desenhados... foram eles substituídos por manequins de plástico? Suas quedas não têm sentido de peso.
***
Apesar dos esforços para refrescar a franquia, Final Destination: Bloodlines sofre de previsibilidade e cenas de morte insuficientemente inventivas. Se você desligar completamente o cérebro e não entrar em detalhes, o filme funciona: há dinâmica, crânios se quebrando, sangue fluindo, e o humor — às vezes genuinamente cáustico — permite que você respire entre as cenas violentas. Você pode assisti-lo uma vez, mas principalmente se for fã.
Uma geração se passou, e se há vinte anos uma sequência de mortes ridículas fascinava os adolescentes, hoje o filme provavelmente não capturará um novo público. Ainda é um cinema assistível com vários momentos brilhantes e uma trama compreensível, mas o fraco desenvolvimento de personagens e as escolhas de elenco erradas o arrastam para baixo.
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