Entrevista da VGTimes com um Representante da Black Pulse na ChinaJoy 2025 — Cyberpunk Sem Clichês: Como uma Equipe de Hong Kong Está Criando uma História de Detetive Sombria com Atraso de Tempo

Entrevista da VGTimes com um Representante da Black Pulse na ChinaJoy 2025 — Cyberpunk Sem Clichês: Como uma Equipe de Hong Kong Está Criando uma História de Detetive Sombria com Atraso de Tempo

Marat Usupov
2 de setembro de 2025, 18:16

Durante a ChinaJoy 2025, nosso editor-chefe Rodion Ilin conversou com Maggie, uma das desenvolvedoras de uma equipe independente que atualmente trabalha no projeto indie Black Pulse. Este jogo não tem multidões nas ruas, megacidades familiares ou tiros em todas as direções. Em vez disso — uma história sombria de um cientista que se opõe à transparência total da sociedade com uma habilidade incomum: desacelerar o tempo. Descobrimos o que espera os jogadores neste mundo sombrio e estiloso.

E leia sobre todas as nossas aventuras na exposição chinesa em um artigo separado.

VGTimes: Por favor, apresente-se. Qual é o seu nome e o que você faz?

Maggie: Meu nome é Maggie, sou parte de uma equipe de cinco pessoas desenvolvendo Black Pulse — um detetive em primeira pessoa em estilo cyberpunk-noir. O desenvolvimento está em andamento há cerca de seis meses. Eu pessoalmente cuido da jogabilidade e da narrativa.

VGTimes: Parece incomum. Continue!

Maggie: Sim, queremos criar uma experiência inovadora com jogabilidade incomum, muito cinematográfica e atmosférica. Isso não é neon clássico e megacidades como na maioria dos jogos cyberpunk, mas algo mais próximo de uma versão britânica vintage do gênero.

VGTimes: Sobre o que é a história em geral?

Maggie: A ação se passa em um mundo distópico onde o personagem principal, um neurobiologista desonrado, participa de um experimento classificado chamado Black Pulse. Este projeto permite que ele desacelere o tempo para sobreviver a situações críticas, como uma explosão de carro.

VGTimes: Então teremos habilidades?

Maggie: Sim. A jogabilidade principal é construída em torno da mecânica de desaceleração do tempo. Isso permite, por exemplo, desviar de fragmentos explosivos ou conseguir encontrar objetos antes que o espaço ao redor seja destruído. Este não é um jogo de ação — é mais um detetive interativo onde você precisa estar atento e usar o tempo sabiamente.

Pôster do projeto, primeiro e até agora único

VGTimes: A que seu jogo pode ser comparado?

Maggie: Estamos espiritualmente próximos do jogo Nobody Wants to Die. É um bom ponto de referência para estilo visual e ideia geral. Mas nos concentramos na narrativa e em um cenário incomum.

VGTimes: Mostre-nos como é a jogabilidade?

Maggie: Claro. Atualmente temos um protótipo, mas estamos trabalhando em uma demonstração. O herói começa sua jornada em um carro que dirige automaticamente. Ele tem um chip implantado na cabeça, então não pode controlar o carro sozinho. Chamadas e outras informações chegam através desse chip — assim como em filmes de ficção científica sobre o futuro. [Mostrando um bastão de beisebol]. Aqui está um dos itens que pode ser útil mais tarde no jogo. E então continuamos a procurar objetos...

VGTimes: Então não podemos dirigir de jeito nenhum? E quanto a espaços abertos?

Maggie: No nível inicial, a direção é automática. Em estágios posteriores haverá mais liberdade, espaços abertos com liberdade de movimento aparecerão. Então, um acidente acontece, e o herói se encontra em um carro capotado, a porta está bloqueada. Você precisa encontrar algo para quebrar a janela, caso contrário, não conseguirá sair.

VGTimes: E é aqui que a desaceleração do tempo é usada?

Maggie: Essa habilidade permite que o herói sobreviva em tais situações. Encontramos aquele mesmo bastão no carro e quebramos a janela. Depois que o herói sai do carro, ele explode. Agora alguém o instrui sobre como agir a seguir.

VGTimes: Quais outras atividades haverá?

Maggie: O movimento é padrão — WASD, além de um botão separado para desaceleração do tempo. O herói examina os arredores através de um "visor" especial que destaca objetos interativos. Drones de patrulha aparecem na história, que você precisa desviar usando a habilidade de desaceleração. Esses são dispositivos perigosos — se eles virem o herói, o jogo termina.

VGTimes: Quais principais características devem atrair os jogadores?

Maggie: Se você é fã de ficção científica, cyberpunk e histórias de detetive, com certeza vai gostar. Haverá muitas atividades. A versão que trouxemos para a exposição mostra o começo do jogo.

VGTimes: Onde vocês estão localizados? Quem está fazendo o jogo?

Maggie: Somos de Hong Kong, formados pela Universidade Politécnica. Atualmente estamos procurando um publisher.

VGTimes: Quando podemos esperar uma demonstração?

Maggie: No final deste ano. Atualmente temos um protótipo de 15 minutos, mas até o inverno planejamos expandir a demonstração para 30-40 minutos. Vamos lançá-la no Steam, para PC. Estamos fazendo o jogo na Unreal Engine 5.

VGTimes: Quão pronto está o projeto?

Maggie: Difícil dizer em porcentagens. Planejamos testar a versão atual em mais de cem jogadores para coletar feedback antes de aparecer no Steam. A equipe é pequena — cinco pessoas, mas trabalhamos rápido.

VGTimes: O que você gostaria de dizer aos jogadores europeus?

Maggie: Muito obrigado pelo seu interesse! Para nós, isso é uma grande honra e prazer. Esperamos que você goste da nossa visão sobre cyberpunk e mergulhe de cabeça neste mundo.

***

Black Pulse não é apenas um jogo indie, mas uma tentativa de repensar o cyberpunk com foco em histórias pessoais, atmosfera e jogabilidade não convencional. Apesar dos recursos limitados, a equipe de cinco pessoas está criando um produto com estilo visual único, mecânicas de desaceleração do tempo integradas e uma narrativa multilayer. Este ano, os jogadores poderão experimentar a demonstração no Steam e decidir por si mesmos se o jogo merece atenção. Tudo sugere que sim.

Entrevista conduzida por Rodion Ilin.

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