DmC: Devil May Cry Revisão

DmC: Devil May Cry Revisão

Rodion Ilin
6 de junho de 2025, 17:41

Com que frequência você já ouviu a frase: "Você precisa fazer as pazes com seus demônios, e então encontrará a paz..."? Pessoalmente, encontrei essa frase repetidamente—em filmes, em jogos e em todos os tipos de músicas. E quando minha mente tocava no pensamento desses demônios, eu apenas sentava e me perguntava: "É realmente impossível lutar contra eles?" Mas, felizmente, há algo—ou mais precisamente, um jogo—que me mostrou essa luta contra um mundo sem verdade, honestidade ou opinião pessoal. Um mundo cheio de mentiras. Um mundo que se tornou o resultado da imaginação secreta e diabólica dos desenvolvedores da Ninja Theory. Este mundo se chama Devil May Cry.

Mesmo antes do lançamento real, o jogo foi cercado por previsões sobre seu futuro. Alguns previram a queda da série, outros—sucesso e glória. Essa discussão generalizada surgiu principalmente porque era um reboot, e como é bem sabido, a maioria dos reboots falha e queima nas profundezas da história. Mas como o jogo foi publicado por um estúdio externo, ainda tinha uma chance de sucesso. E agora, quando todas as apostas foram feitas, tudo o que nos resta é conhecer melhor o jogo.

Será que realmente vai decolar?

História

O jogo nos transporta imediatamente para a cidade fictícia de Limbo City. Nesta cidade, nada acontece por acaso. É aqui que vive nosso novo Dante, que assumirá o papel de salvador do mundo. Sua vida segue um ciclo regular até que Kat aparece no jogo. Ela é a garota que avisa Dante sobre o perigo iminente e depois o leva até seu irmão—Vergil. Durante a conversa, descobrimos que Dante e Vergil não são pessoas comuns, mas irmãos Nephilim—filhos de um anjo e um demônio. Também fica claro que apenas um Nephilim pode destruir o principal vilão, Mundus, que controla as massas e empurra as pessoas para todo tipo de atos vil. É por isso que os irmãos não têm escolha a não ser unir forças nessa luta.

Vale a pena falar separadamente sobre o próprio Dante. O pessoal da Ninja Theory realmente criou alguém que é meio demônio e meio deus. O protagonista é incrivelmente interessante e atraente. Nosso herói tem um olhar rebelde, ótima postura e uma mente rápida, e seu estilo de vida regular consiste em baladas, álcool e sexo aleatório. Por natureza, ele é orgulhoso, ousado, sarcástico e egoísta. Com uma atitude tão indomável, até mesmo ao se aproximar de outro personagem ou demônio no jogo, você imediatamente quer gritar para ele: “Chegue mais perto, seu pedaço de carne idiota!”—e simplesmente transformá-lo em uma pilha feia de bosta.

Jogabilidade

Falando em bosta. Não vamos esquecer que o gênero deste jogo é um slasher, o que significa longas combinações e litros de xarope de cereja espalhados pela sua tela. As lutas em si, onde todo esse xarope é “produzido”, acontecem no reino sobrenatural chamado Limbo. E como os desenvolvedores estavam cientes do problema de monotonia típico dos jogos desse gênero, eles criaram um sistema de combate tão legal e extenso que até Chuck Norris ficaria com inveja. E quando se trata de lutas contra chefes, você não precisa mais passar por longas e idiotas explicações e monólogos.

Aquele muito angelical

As armas também não decepcionam: há muitas delas, e estão divididas em tipos angelicais e demoníacos. O arsenal angelical inclui uma foice e grandes shurikens, enquanto a lista demoníaca apresenta um enorme machado e manoplas flamejantes que podem quebrar qualquer bloqueio inimigo. Essas armas diferem não apenas em suas estatísticas, mas também em suas origens: as armas angelicais são rápidas e leves, mas causam pouco dano, enquanto as demoníacas são lentas, mas se você atingir alguém com elas, tudo o que resta é uma poça peluda. Outra característica é que alguns tipos de inimigos são imunes a certas armas.

Aquele muito demoníaco

O arsenal de Dante também inclui a espada lendária da série, Rebellion, e um par de pistolas. Seu estoque de armas foi expandido com chicotes, que ele pode usar para se agarrar a beiradas ou puxar monstros em sua direção—ou vice-versa. Algumas outras características que valem a pena mencionar são o modo demônio e o sistema de bônus (do qual não falarei, já que é completamente desnecessário). No modo demônio, Dante assume sua aparência clássica familiar aos fãs da série—capa vermelha e cabelo tão branco quanto os dentes de Kate Beckinsale. Neste modo, você pode realizar uma tonelada de combinações em um instante, transformar todo o exército do inferno em pó e satisfazer todos os velhos fãs da franquia.

Esse movimento é acompanhado por um grito: "Morra, seu bastardo!" E se é Dante gritando ou você—não importa muito

As localizações do jogo são projetadas com inteligência e um senso de estilo. O ambiente urbano em constante mudança, que lembra o filme “A Origem”, é um banquete para os olhos e, às vezes, é até de tirar o fôlego. Parece que tudo está se juntando perfeitamente para este jogo. Mas isso é apenas uma aparência. Seu defeito é o elemento de plataforma, que está presente desde o jogo original. Mas nunca pareceu tão desajeitado e awkward como aqui. Simplesmente não se encaixa. As seções de plataforma são lentas e tediosas, enquanto a jogabilidade principal é dinâmica e rápida. O mesmo vale para os chefes: você vai arrancar os cabelos só para alcançá-los, mas quando finalmente o fizer, a criatura morrerá como uma mosca após o terceiro golpe.

Gráficos e Som

Não posso dizer nada de novo sobre os gráficos. Sim, eles parecem bons, sim, brincaram com a iluminação, sim, escolheram bons ângulos de visão para o jogador, mas nada de novo foi mostrado. Quanto ao estilo, tenho apenas uma palavra—delícia. Mas há muito mais a dizer sobre a trilha sonora. Afinal, a Combichrist, uma jovem banda de rock norueguesa, deu ao jogo uma série de faixas bem conhecidas e perfeitamente adequadas. Todos os sons e efeitos, fundindo-se, criam um nível sem precedentes de espetáculo para as batalhas da série. Os gritos de Dante são precisos e adequados, ao contrário dos comentaristas do FIFA. A dublagem também é de primeira linha. A voz de cada personagem é escolhida perfeitamente para sua personalidade e estilo de comunicação. Parece que não poderia ser de outra forma.

***

Eu só quero acrescentar que a Ninja Theory não conseguiu agradar absolutamente a todos, mesmo que tenha realmente tentado. Eles queriam atrair um novo público para o jogo enquanto mantinham o antigo. Mas conseguiram injetar sangue novo no jogo, e isso, sem dúvida, só beneficiou. Afinal, ele se tornou estiloso, vibrante, jovem, memorável e provocador de reflexões, e quando você joga—você se diverte. Não é isso que é o mais importante?

    Enredo
    6.0
    Controle
    8.0
    Som e música
    10
    Jogabilidade
    8.0
    Gráficos
    7.0
    7.8 / 10
    DmC: Devil May Cry is a game that managed to become not only a worthy continuation of the series, but also the best representative of its genre. It's worth every penny. If you get the chance—definitely play it and you'll see that this game deserves respect.
    Prós
    — Excellent combat system;
    — Wonderful style;
    — Top-notch sound design;
    — Well-developed characters and main protagonist;
    — Clear and intuitive controls;
    — Social and moral undertones.
    Desvantagens
    — Poorly executed platforming sections;
    — Too few weak bosses;
    — Even with a new twist, the story still feels overused.
    Sobre o autor
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