Muitas aventuras virtuais permitem que os jogadores influenciem o curso da história. Às vezes, no entanto, os escritores nos colocam em situações tão difíceis que não as esqueceremos por anos. Neste artigo, reunimos alguns dos dilemas mais difíceis que forçam os jogadores a tomar decisões particularmente difíceis.
A história envolvendo o Barão Sangrento em The Witcher 3 é uma das primeiras que vem à mente ao falar sobre escolhas difíceis. O momento em que Geralt deve decidir se destrói ou liberta o espírito maligno da árvore é brilhante por várias razões. Primeiro, não há opção correta aqui — alguém morrerá independentemente da decisão. Seja inocentes órfãos ou uma vila inteira junto com o próprio Barão Sangrento.
Em segundo lugar, a CD Projekt RED garantiu de forma inteligente que as consequências da decisão não se tornem evidentes até muitas horas depois. Isso torna improvável que os jogadores recarreguem um salvamento antigo e joguem novamente uma parte significativa do jogo. Em vez disso, eles são forçados a viver com o peso de sua escolha.
Outro grande dilema da CD Projekt RED, mas com consequências a longo prazo.
No meio de The Witcher 2, o jogador deve escolher a quem apoiar: Vernon Roche, o líder das forças especiais Temerianas, ou Iorveth, o líder dos rebeldes não-humanos. Até este ponto, a maioria dos jogadores provavelmente se apegaram a ambos os personagens, tornando a decisão ainda mais difícil.
Mais importante ainda, a escolha altera drasticamente a segunda metade do jogo. Locais inteiros e missões se tornam disponíveis ou completamente inacessíveis. Esse nível de ramificação narrativa é algo que adoraríamos ver mais frequentemente em RPGs.
A série Mass Effect está repleta de escolhas difíceis, mas o primeiro grande sacrifício é o que mais marca os jogadores. Perto do clímax do original Mass Effect, o jogador deve escolher entre salvar Kaiden Alenko ou Ashley Williams. Não importa o que aconteça, um deles morrerá.
Este momento define o tom para toda a trilogia, deixando claro que as coisas só ficarão mais difíceis a partir daqui.
No primeiro BioShock, após derrotar um Big Daddy, o jogador deve decidir se colhe ADAM de uma Little Sister ou a salva. Colher ADAM mata a criança estranha, mas concede mais recursos para melhorar habilidades. Salvá-la a transforma de volta em uma criança normal, mas fornece menos ADAM. O destino das Little Sisters impacta diretamente o final do jogo.
O segredo, no entanto, é que a melhor escolha é salvá-las. Tanto moral quanto praticamente, resgatar as Little Sisters compensa, pois elas mais tarde recompensam o jogador com presentes adicionais que mais do que compensam o ADAM reduzido. Claro, isso não fica claro durante uma primeira jogada, tornando o dilema mais ambíguo.
Infelizmente, os jogos da Bethesda não têm tantos dilemas sérios quanto outros RPGs, mas ainda há alguns interessantes.
Em Skyrim, o jogador eventualmente encontra Paarthurnax, supostamente o único dragão verdadeiramente bom. Ou pelo menos, essa é a impressão que ele passa. O problema? Os aliados do jogador exigem sua execução. Assim, surge a escolha: priorizar a confiança e lealdade de companheiros de longa data ou poupar um ex-inimigo que escolheu um novo caminho?
No final da primeira temporada de The Walking Dead, o jogador deve decidir o destino do protagonista Lee Everett: deixá-lo se transformar em um zumbi ou acabar com sua vida antes que isso aconteça. À primeira vista, pode parecer irrelevante — ele está condenado de qualquer forma.
No entanto, a escolha é emocionalmente devastadora porque é feita da perspectiva de Clementine, uma criança de oito anos, que essencialmente se tornou a filha adotiva de Lee. Os jogadores devem determinar o que é melhor para moldar o caráter da criança enquanto ela continua a sobreviver em um mundo brutal.
Prey (2017) conta a história de criaturas monstruosas que tomaram conta de uma estação espacial. Essas criaturas se reproduzem a uma taxa alarmante, usando cadáveres humanos como hospedeiros.
Durante o jogo, o jogador pode ajudar um grupo de sobreviventes a escapar para a Terra a bordo de uma nave. No entanto, logo após a nave partir, é revelado que uma varredura completa nunca foi concluída — o que significa que há uma chance de que os monstros estejam a bordo. O jogador tem a opção de destruir remotamente a nave. Embora essa escolha não tenha grandes consequências no jogo, continua sendo uma decisão moralmente pesada.
Após desbloquear o final verdadeiro em Nier: Automata, o jogador enfrenta uma batalha final — contra os próprios créditos do jogo. Essa luta não é fácil, mas em determinado momento, outros jogadores podem oferecer assistência na forma de poderosos upgrades.
Ao vencer, o jogador é apresentado a uma escolha: está disposto a sacrificar todo o seu progresso, incluindo níveis e armas, para ajudar os outros? Se concordarem, seu arquivo de salvamento é deletado, mas outro jogador no futuro receberá ajuda semelhante.
O recente Baldur’s Gate 3 contém mais escolhas moralmente ambíguas do que três ou quatro RPGs padrão combinados. Um dos dilemas mais memoráveis aparece no final, quando o jogador deve decidir quem se transformará em um Mind Flayer — assumindo que alienou o Imperador.
Dada a importância do papel que se desempenha em BG3, condenar alguém a uma vida como um monstro sem alma é uma decisão angustiante. Deve ser o protagonista? Mas eles não merecem um final feliz? Príncipe Orpheus? E quanto à sua revolução? Talvez Karlach? A alegre guerreira mudará para sempre, mas pelo menos ela não sofrerá mais com o dispositivo infernal embutido em seu peito. Não há uma resposta universalmente correta aqui.
No mais recente Pathfinder, os jogadores podem ascender a um status quase divino. Mas decidir o que se tornar não é fácil, pois impacta significativamente o conteúdo do jogo.
Por exemplo, transformar-se em um Lich resulta em conflitos com muitos companheiros, mas concede acesso a aliados mortos-vivos. Escolher se tornar um Demônio ou Anjo desbloqueia linhas de missão únicas. Há até uma opção para se tornar um enxame senciente de insetos — um caminho altamente incomum, mas sombriamente fascinante.
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