
Nintendo Switch 2 Análise — Nada Revolucionário (e Graças a Deus por Isso)

Qualquer análise de um novo console da Nintendo é, até certo ponto, inútil: seja o dispositivo bom ou ruim, o público-alvo vai comprá-lo de qualquer maneira. Vamos ser honestos — se você gosta dos jogos da Nintendo, não conseguirá ficar sem o Switch 2 nos próximos seis a oito anos. Mas isso não significa que o console não deva ser discutido — pelo menos, ajuda aqueles que ainda não foram atraídos pelas franquias da Nintendo a decidir se devem comprar um. E até mesmo os fãs de longa data podem se beneficiar ao pesar os prós e contras — para descobrir se é hora de correr e comprar um ou esperar um pouco mais. Então, vamos mergulhar.
Super Switch
No momento em que você pega o console, dois pensamentos cruzam sua mente. O primeiro — isso é claramente um Nintendo Switch. Sim, uma versão mais moderna, até mesmo com aparência premium, mas ainda surpreendentemente familiar. Por que isso é uma surpresa? Porque lançar o que é essencialmente uma iteração de um dispositivo anterior não é como a Nintendo costuma fazer as coisas.
Nos últimos 25 anos, a empresa tratou cada novo sistema como um experimento — para melhor ou para pior, tentando reinventar a roda a cada vez. Essa fase parece ter terminado quando o gigante japonês colocou as mãos em um dos consoles de jogos mais bem-sucedidos de todos os tempos. E, honestamente, não há nada de errado em a Nintendo evitar riscos desnecessários — especialmente porque os fãs passaram anos pedindo um “Super Switch” ou “Switch Pro”, e não um brinquedo radicalmente novo. Essa é exatamente a visão que a Nintendo perseguiu — até mesmo a embalagem do Nintendo Switch 2 imita a linguagem de design do Switch OLED de tal forma que as pessoas nas redes sociais já estão confundindo os dois.
A segunda coisa que você notará ao ver o console pessoalmente é seu tamanho. O Switch 2 não mudou de espessura, mas a tela é visivelmente maior — e os Joy-Cons “cresceram” para combinar. No início, o console parece um pouco estranho de segurar, mas isso passa rapidamente assim que você percebe as vantagens do design atualizado. Não apenas os Joy-Cons maiores são mais confortáveis na mão, mas agora se conectam magneticamente. Eles se encaixam tão bem que a unidade inteira parece monolítica — como se não tivesse partes destacáveis.
Se você tem o Switch original, a nova tela parecerá uma atualização séria. Não se trata apenas do tamanho — o que importa mais é a nova resolução de 1080p, que torna a imagem muito mais nítida. No entanto, a reprodução de cores deixa um pouco a desejar — especialmente em comparação com painéis OLED. Em teoria, isso poderia ser compensado com um HDR adequado, mas no Switch 2 é mais um item de lista do que um recurso de destaque. O painel atinge um máximo de 500 nits de brilho — muito baixo para proporcionar o efeito impressionante que o HDR precisa.
Você pode supor que a Nintendo economizou ao pular o OLED, mas a verdadeira razão é o foco em outra coisa — taxa de atualização. O Switch 2 suporta 120 Hz e VRR (Taxa de Atualização Variável), suavizando quedas de quadros. Neste momento, conseguir uma tela OLED de alta taxa de atualização a um preço razoável é complicado — então não é surpresa que a Nintendo tenha ficado com LCD.
Você pode perguntar: qual é o ponto de uma tela de 120 Hz quando tão poucos jogos rodarão a 120 FPS em modo portátil? Mas essa é a questão — a alta taxa de atualização é, na verdade, para um gameplay mais suave a 40 FPS. O novo display atualiza três vezes por quadro a 40 FPS, o que reduz o tremor e aumenta a clareza do movimento. Em Cyberpunk 2077, mudar os modos gráficos parece como passar de 30 para 60 FPS — mas na verdade é apenas um salto de 10. Essa ilusão é graças à tela.
Claro, essa tela rápida de 1080p tem um custo — a vida útil da bateria. Este é atualmente um dos principais pontos fracos do Switch 2: a maioria dos jogos drenará a bateria em duas a três horas. Não apenas jogos exigentes como Cyberpunk 2077, mas até mesmo títulos mais antigos como Super Mario Odyssey.
How do you usually play on the original Switch?
Mais do que apenas um portátil
A bateria fraca é decepcionante, mas muitos jogadores ainda preferem jogar o Switch conectado — então o problema não afetará a todos. E há motivos para acreditar que o modo TV se tornará ainda mais popular no Switch 2 graças a uma série de melhorias.
Mais importante, novos jogos e antigos com patches oficiais agora parecem muito melhores em telas grandes graças ao suporte de alta resolução. Breath of the Wild e Tears of the Kingdom parecem impressionantes: o sistema renderiza em 1440p e faz upscaling para 4K. E sim, o HDR está disponível no modo TV — se sua TV suportar. A calibração é um pouco estranha e não tão precisa quanto em outras plataformas, mas há muitos guias online para ajudar na configuração.
Assim como no display portátil, TVs que suportam 120 Hz podem fazer os jogos parecerem mais suaves. No entanto, há um porém — por algum motivo, o VRR não é suportado no modo TV, então você notará quedas de FPS um pouco mais.
O modo TV também é aprimorado por um novo recurso do Joy-Con que transforma um controle em um mouse improvisado. Em Cyberpunk 2077, você pode habilitar a configuração nas opções do jogo, virar o Joy-Con, colocá-lo em uma superfície plana — e voilà, você tem um mouse. O sensor funciona perfeitamente, e a sensibilidade é ajustável. Isso me ajudou a completar uma missão secundária envolvendo um estande de tiro na minha primeira tentativa. Mais importante, isso pode abrir a porta para gêneros que raramente aparecem em consoles — como jogos de estratégia em tempo real.
O Grande Equalizador: DLSS
É também lógico esperar mais versões de jogos AAA multiplataforma. O novo sistema é poderoso o suficiente para lidar com a maioria dos títulos modernos.
Vamos esclarecer — o Switch 2 não é uma potência tecnológica e não compete diretamente com o PlayStation 5. Se você possui um PC de jogos de médio porte, ele é quase certamente mais poderoso que o Switch 2. E se você possui um Steam Deck e quer algo mais forte, isso não é — o console da Nintendo está mais ou menos no mesmo nível do dispositivo da Valve em modo portátil. O Switch 2 é mais uma alternativa a PCs de jogos de baixo custo e portáteis do que uma verdadeira atualização.
No papel, o sistema está em algum lugar entre o PS4 e o Xbox Series S em termos de potência. Mas na prática, seus gráficos podem igualar ou até mesmo superar o Xbox Series S — tudo graças ao DLSS. O console da Nintendo é o único no mercado que usa um chip NVIDIA, dando-lhe acesso ao upscaler mais avançado atualmente disponível.
Cyberpunk 2077 parece decente no modo qualidade na TV. Não está exatamente no nível de um PC poderoso ou PS5, mas também não sofre grandes degradações visuais. Isso é impressionante para um sistema que consome apenas 10 W em carga máxima.
Se Cyberpunk 2077 roda bem, outros jogos AAA provavelmente também rodarão. Ainda assim, as expectativas devem ser moderadas. O CPU é relativamente fraco, e quedas de desempenho são notáveis em lugares como Dogtown. Portanto, não espere versões de GTA 6 ou The Witcher 4 tão cedo.
O que é mais importante é como a Nintendo aproveitará esse poder. A empresa dominou a arte de extrair o máximo de desempenho de hardware mínimo, então seus jogos de primeira linha estão praticamente garantidos para impressionar. Mario Kart World prova isso. Em uma TV 4K HDR, é indiscutivelmente mais visualmente impressionante que Cyberpunk 2077 — não porque seja mais avançado, mas graças ao design visual ousado, cores vibrantes e resolução nítida.
Alguns “Poréns”
Além da bateria fraca e da falta de VRR no modo TV, o Switch 2 tem algumas decisões questionáveis. Uma delas é como capturas de tela e vídeos são transferidos para smartphones. Anteriormente, você escaneava um código QR na tela. Agora, tudo passa por um aplicativo baseado em nuvem. Em teoria, isso é mais rápido e fácil — mas o aplicativo oficial ainda não está disponível em muitos países. Pior ainda, se você possui Breath of the Wild ou Tears of the Kingdom no Switch 2, não poderá acessar novos recursos como o navegador GPS do jogo sem o aplicativo. Isso levanta a preocupação — que outros recursos podem ser bloqueados no futuro?
Outro problema é o aumento de cartuchos-chave — cascas físicas sem dados reais, apenas códigos de download. É um problema sério, já que cartuchos físicos completos costumavam economizar armazenamento, eliminar instalação e funcionar offline — perfeitos para viagens ou jogos ao ar livre. Esperamos que isso não se torne uma prática padrão. A CD Projekt RED mostrou como deve ser feito ao encaixar Cyberpunk 2077, todas as atualizações e sua expansão em um único cartucho.
Você Deve Comprar Um Agora?
E assim chegamos à pergunta chave: é o momento certo para comprar um Nintendo Switch 2? Se você tem uma renda disponível e não pode esperar — vá em frente. O dispositivo não tem falhas importantes. Em todos os outros casos, as coisas ficam mais sutis.

Preocupado que você está perdendo os próximos grandes sucessos da Nintendo? Não se preocupe — o lineup de lançamento não inclui nenhum título indispensável. Mario Kart World é fantástico, mas quanto tempo ele mantém sua atenção é incerto. Esperar até o final do ano pode ser mais sábio — até lá, mais novos lançamentos chegarão, e os existentes receberão patches adequados para a próxima geração.
Se você não é fã das IPs da Nintendo e só quer um dispositivo de jogos portátil, o Switch 2 pode não ser a melhor opção. Um PC portátil com Steam oferece uma biblioteca maior e melhores preços. O Switch 2 é principalmente uma máquina de Mario e Donkey Kong — o suporte para jogos de terceiros é mais um bônus do que o principal atrativo.
Ainda assim, aqui está uma boa razão para não adiar: o estado imprevisível da economia global. Não é impossível que o preço do Switch 2 possa aumentar com o tempo. Isso é exatamente o que aconteceu com o PS5 — os primeiros adotantes o conseguiram pelo menor preço da história.
***
O Nintendo Switch 2 pode não ser o console mais emocionante já feito. Ele carece de qualquer recurso revolucionário que redefina os jogos. Mas isso é uma coisa boa — a superinovação pode alienar os fãs. “Evolução, não revolução” é uma jogada inteligente da Nintendo — uma que outros fabricantes de consoles descobriram há muito tempo. O Switch 2 é uma versão refinada (principalmente) de um dos melhores consoles já feitos. E, honestamente, isso é tudo o que precisávamos.
O que você acha? Você já experimentou o novo sistema? Deixe-nos saber nos comentários.
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