
Google Evita Venda Forçada do Chrome em Caso Antitruste, Mas Agora Deve Compartilhar Dados com Concorrentes

Um tribunal federal dos EUA anunciou sua decisão no caso antitruste contra o Google. A empresa evitou as sanções mais severas, mas será obrigada a abrir alguns de seus dados para outros players do mercado. O juiz decidiu que o Google não é obrigado a vender seu navegador Chrome, contradizendo as demandas iniciais do Departamento de Justiça, que insistiu que tal passo era necessário para restaurar a concorrência. A empresa também pode continuar pagando parceiros, incluindo a Apple, para definir o Google Search como padrão em navegadores e smartphones.
Um requisito chave da decisão é um novo mandato de compartilhamento de dados. O Google deve agora fornecer informações de busca anonimizadas a concorrentes como Microsoft (com seu mecanismo de busca Bing), DuckDuckGo e novas empresas de IA — OpenAI e Perplexity. Isso visa ajudá-los a desenvolver seus próprios sistemas de busca e modelos de IA, que atualmente estão severamente atrasados em qualidade devido à falta de dados de treinamento.
Outra mudança importante diz respeito à política do Android. O Google não pode mais forçar os fabricantes de smartphones a pré-instalar toda a sua suíte de aplicativos para obter acesso à loja Google Play. Isso deve dar às empresas mais liberdade para personalizar o software pré-instalado em seus dispositivos.
Representantes do Google afirmaram que estão revisando cuidadosamente a decisão e têm algumas preocupações sobre como as novas regras afetarão a privacidade dos usuários. No entanto, a empresa observou que o tribunal rejeitou corretamente medidas extremas que poderiam ter prejudicado consumidores e parceiros. A decisão do tribunal ainda não é definitiva. Ambas as partes devem apresentar suas propostas para implementar os requisitos até 10 de setembro. Especialistas acreditam que o Google provavelmente irá apelar de partes da decisão, particularmente aquelas relacionadas ao compartilhamento de dados.
Assim, apesar de uma longa lista de pretendentes interessados em adquirir o navegador do Google, o Chrome continua sendo propriedade da empresa e continuará seu desenvolvimento em simbiose com a IA Gemini, conforme planejado anteriormente. A questão central agora é se os concorrentes podem efetivamente aproveitar os dados fornecidos para desafiar o gigante, e como isso impactará, em última análise, os usuários do dia a dia.
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