Em uma recente série de entrevistas, Mark Zuckerberg ofereceu uma nova perspectiva sobre como a inteligência artificial poderia se encaixar na vida cotidiana. Segundo ele, a IA poderia ajudar a combater a solidão agindo como companheiros virtuais — ou até mesmo como substitutos para terapeutas, especialmente em lugares onde o acesso a profissionais de saúde mental é limitado.
Falando com o podcaster de tecnologia Dwarkesh Patel, Zuckerberg citou uma estatística preocupante: a maioria dos americanos tem menos de três amigos próximos, apesar de uma necessidade social que ele diz ser cinco vezes maior. “Quando a interação na vida real é escassa, a tecnologia pode ajudar a preencher a lacuna”, disse ele. Ele esclareceu que o objetivo não é substituir relacionamentos humanos reais, mas apoiar pessoas que carecem de conexão social suficiente.
A Meta já está integrando assistentes de IA em suas plataformas, desde aplicativos de mensagens até óculos inteligentes Ray-Ban. O aplicativo Meta AI independente, como Zuckerberg explicou, está sendo construído com a personalização em mente — analisando os interesses dos usuários de maneira semelhante aos algoritmos de recomendação por trás do Instagram ou TikTok, a fim de possibilitar interações mais significativas.
No entanto, Zuckerberg reconheceu que as “amizades” virtuais enfrentam uma batalha difícil. Muitas pessoas continuam céticas em relação às conversas impulsionadas por IA, vendo-as como inerentemente artificiais. “Com o tempo, a atitude da sociedade mudará”, disse ele. “As pessoas começarão a valorizar essas tecnologias quando perceberem as maneiras reais como elas melhoram a vida cotidiana.”
Ele também enfatizou o potencial da IA no espaço da saúde mental. Um assistente virtual, sugeriu ele, poderia oferecer suporte de “primeiros socorros” àqueles que não podem pagar por terapia tradicional. “Não é uma solução perfeita”, admitiu, “mas para muitos, é a única disponível.”
Especialistas alertam, no entanto, que existem riscos — desde a dependência até preocupações éticas em torno de dados pessoais. O próprio Zuckerberg reconheceu que a tecnologia está longe de ser perfeita, chamando os desenvolvimentos atuais de apenas o começo. No entanto, a tendência de misturar plataformas sociais com serviços de IA parece estar ganhando um impulso imparável.
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