Processadores Podem Agora Ser Revestidos com Memória de Apenas Um Átomo de Espessura
Arkadiy Andrienko
Pesquisadores de Xangai revelaram uma tecnologia prática para criar circuitos de memória com apenas alguns átomos de espessura e integrá-los diretamente em chips de silício, abrindo caminho para dispositivos eletrônicos mais compactos e eficientes em termos de energia.
O principal desafio que impede o uso de materiais ultra-finos na eletrônica tem sido a superfície imperfeita dos chips de silício. Em um nível microscópico, essa superfície está longe de ser lisa e poderia facilmente danificar uma camada de um átomo. A equipe chinesa resolveu esse problema desenvolvendo um método que permite que uma camada de sulfeto de molibdênio cubra uniformemente o wafer de silício sem rasgar ou deformar.
O chip híbrido resultante combina uma unidade de controle padrão com memória do tipo NOR embutida em um filme 2D ultra-fino. Testes laboratoriais confirmaram a funcionalidade total do chip, demonstrando alta velocidade operacional e excepcional eficiência energética. Com uma taxa de rendimento de 94%, o método se mostra adequado para adaptação às linhas de montagem de produção em massa existentes.
A adoção futura de tais soluções permitirá a criação de processadores com memória embutida, ultra-rápida e de baixo consumo. Isso pode levar a uma nova classe de eletrônicos onde a fronteira entre núcleos de computação e memória se torna virtualmente invisível—um avanço crítico para o progresso de sistemas móveis e inteligência artificial.
Essa conquista é uma continuação lógica de outro desenvolvimento promissor da China: a criação do processador RV32-WUJI baseado em disulfeto de molibdênio. Enquanto esse trabalho anterior provou que chips totalmente independentes poderiam ser construídos a partir de materiais 2D, a nova tecnologia ATOM2CHIP demonstra como eles podem ser integrados de forma flexível à eletrônica de silício existente. Em vez de competir, essas abordagens agora se complementam: uma abre caminho para um tipo fundamentalmente novo de microeletrônica, enquanto a outra permite a melhoria radical da tecnologia que já temos.
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