
Lightmatter Revela Chip Que Usa Luz Em Vez de Eletricidade

U.S.-based startup Lightmatter anunciou um processador experimental que utiliza ondas de luz para realizar cálculos complexos de IA. O chip, descrito na revista Nature, combina seis chips separados em um único módulo 3D onde componentes fotônicos trabalham em conjunto com circuitos eletrônicos. Essa configuração permite um processamento de dados ultrarrápido com consumo mínimo de energia.
No coração do processador está uma fusão de núcleos tensor ópticos e elementos semicondutores convencionais. O sistema possui cerca de 50 bilhões de transistores e 1 milhão de componentes fotônicos, todos conectados por interconexões ópticas. Ele é capaz de realizar até 65,5 trilhões de operações por segundo no formato ABFP (ponto flutuante de bloco adaptativo) — comparável em precisão a cálculos padrão de 32 bits. O consumo de energia também é impressionante: apenas 78 watts para a eletrônica e apenas 1,6 watts para a óptica, muito abaixo do que as GPUs atuais requerem.
O que realmente diferencia este processador é sua capacidade de executar modelos populares de IA — como ResNet, BERT e os algoritmos da DeepMind — sem precisar de reescritas. Ele já é compatível com grandes estruturas como PyTorch e TensorFlow, tornando a integração em sistemas existentes relativamente fácil. Protótipos iniciais estão sendo testados em laboratórios, embora ainda não haja um cronograma para um lançamento comercial. Por enquanto, a Lightmatter está focada em refinar seu processo de fabricação e construir parcerias com desenvolvedores de IA.
Os processadores de hoje estão começando a atingir limites físicos — a Lei de Moore está desacelerando e as demandas de energia estão aumentando. A abordagem da Lightmatter oferece um novo caminho ao transferir parte da carga de trabalho computacional para o domínio óptico. Isso pode reduzir significativamente a pressão sobre os data centers, onde até 40% da energia vai para sistemas de refrigeração. Embora ainda esteja em seus estágios iniciais, a tecnologia mostra promessa como um passo em direção ao futuro pós-silício da computação.
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