O triunfo de Anora, o sucesso do Brutalista e um prêmio modesto para o Conclave. Os resultados da cerimônia do Oscar-2025
Ermolaev Alexey
A cerimônia de premiação do Oscar 2025 ocorreu na noite de 2 a 3 de março. Para a surpresa de muitos, Anora conquistou o título de melhor filme do ano. Você pode encontrar todos os detalhes em nosso artigo.
Sobre o Prêmio Oscar e sua importância para o mundo do cinema
A cerimônia de premiação do Oscar é realizada desde 1929. Ela entrega estatuetas aos melhores filmes, assim como diretores, atores e outras pessoas que trabalham na indústria cinematográfica. A escolha dos vencedores frequentemente foi criticada, e o júri foi acusado de parcialidade e corrupção.
Enquanto isso, o Oscar continua sendo o prêmio mais importante do cinema. Mesmo uma indicação pode ser considerada uma conquista. E aquele que recebe a cobiçada estatueta se torna um "vencedor do Oscar", o que garante uma contribuição para uma carreira de sucesso.
No ano passado, o favorito indiscutível foi "Oppenheimer" de Christopher Nolan, que contou a história do desenvolvimento da bomba atômica e o destino de seu criador. Este filme levou sete prêmios, incluindo o mais importante — "Melhor Filme do Ano". Mas em 2025, tudo se mostrou menos claro.

Melhor Filme: Anora
A maior surpresa do Oscar 2025 é o título de melhor filme do ano passado, que foi para Anora. Muitos críticos consideram este filme superestimado, pois, na verdade, temos diante de nós uma variação do tema de Uma Linda Mulher com Julia Roberts, mas nas realidades modernas. Em nossa opinião, havia candidatos mais dignos em 2024, por exemplo, Clave e Brutalist.
Indicações:
- O Brutalist;
- Um Completo Desconhecido;
- Duna: Parte Dois;
- A Substância;
- Conclave;
- Ainda Estou Aqui;
- Emilia Perez;
- Wicked;
- Meninos de Níquel.
Melhor Diretor: Sean Baker — "Anora"
Se você olhar para cerimônias de premiação anteriores, notará que o título de melhor diretor é frequentemente dado à pessoa que dirigiu o filme principal do ano. Exceções acontecem, mas são raras. Em 2025, a estatueta foi dada a Sean Baker. Seus trabalhos anteriores foram muito elogiados pela crítica, mas não alcançaram popularidade com o público. Estamos falando de "Red Rocket" e "The Florida Project".
Indicações:
- Brady Corbet — "Brutalist";
- Coralie Fargeat — "Substance";
- James Mangold — "Bob Dylan: Unknown";
- Jacques Audiard — "Emilia Perez".
Melhor Ator: Adrien Brody por Laszlo Toth em "Brutalist"
Sabemos há muito tempo que Adrien é um grande ator. Em 2003, ele ganhou um Oscar por seu papel como Wladyslaw Szpilman em "O Pianista". Em "The Brutalist", ele também interpretou um judeu que sobreviveu ao Holocausto. Mas aqui o foco está na vida pós-guerra e nas dificuldades que pessoas talentosas enfrentam. Brody mostrou perfeitamente como uma pessoa pode desmoronar quando suas visões ousadas sobre arte não coincidem com a visão primitiva dos clientes. Como a desastrosa Megalopolis de Francis Ford Coppola, Brutalist acabou sendo uma variação sobre A Revolta de Atlas de Ayn Rand, mas muito mais completa e de alta qualidade.
Indicações:
- Ralph Fienne — por seu papel como Cardeal Thomas Lawrence em The Clave;
- Colman Domingo — por seu papel como John "Devine G" Whitfield em Sing Sing;
- Timothée Chalamet — por seu papel como Bob Dylan em Bob Dylan: Unknown;
- Sebastian Stan — pelo seu papel como Donald Trump em The Apprentice.
Melhor Atriz: Mikey Madison pelo seu papel como Eni Mikheyeva em Anora
Se continuarmos a traçar paralelos entre Anora e Pretty Woman, o charme de ambos os filmes se deve em grande parte às atrizes principais. Assim como Julia Roberts em 1990, Mikey Madison cativa o público. Sua atuação parece natural e sem esforço, então você não pode deixar de acreditar nas emoções da garota e se identificar um pouco com ela.
Nomeados:
- Demi Moore — pelo seu papel como Elizabeth Sparkle no filme "Substance";
- Cynthia Erivo (Cynthia Erivo) — pelo papel de Elphaba no musical "Wicked: The Tale of the Witch of the West";
- Karla Sofía Gascon — pelo papel de Emilia no filme "Emilia Perez";
- Fernanda Torres — pelo papel de Eunice Paiva no filme "I'm Still Here".
Melhor Ator Coadjuvante: Kieran Culkin pelo papel de Benji Kaplan no filme "A Real Pain"
Kieran Culkin é o irmão de Macaulay Culkin, conhecido pelo seu papel como Kevin McCallister no filme "Home Alone". Ambos começaram a atuar quando crianças, mas suas carreiras de atuação continuam até hoje. Por exemplo, Kieran apareceu em séries de TV como Fargo e Succession.
O filme True Pain é uma comédia dramática. Mas recomendamos levá-lo a sério, pois aborda o tema do Holocausto e os horrores que os judeus enfrentaram durante a ocupação alemã. De acordo com a trama, dois netos adultos cumprem o último desejo de sua avó e visitam sua casa na Polônia. Lá, a história dos últimos cem anos se revela a eles, com ênfase no período da Segunda Guerra Mundial. Além do Oscar, Kieran Culkin recebeu mais seis prêmios prestigiados.
Nomeados:
- Yura Borisov — pelo papel de Igor no filme "Anora";
- Edward Norton — pelo papel de Pete Seeger no filme "Bob Dylan: Unknown";
- Guy Pearce — pelo papel de Harrison Lee Van Buren no filme "Brutalist";
- Jeremy Strong — pelo papel de Roy Cohn no filme "The Apprentice. The Rise of Trump".
Melhor Atriz Coadjuvante Zoe Saldaña pelo seu papel como Rita Mora Castro no musical "Emilia Perez"
Assim como em "Real Pain," o musical "Emilia Perez" dificilmente pode ser chamado de comédia. Diante de nós está um drama criminal nas realidades modernas, onde autoridades criminosas tentam escapar da responsabilidade a qualquer custo, incluindo mudando radicalmente sua aparência. Mas, como muitas vezes acontece, romper laços passados com o mundo da máfia se revela difícil.
Zoe Saldana interpretou Rita Mora Castro, que ajudou um criminoso influente a escapar da justiça. No entanto, suas ações, no final, não levaram a nada de bom.
Nomeados:
- Monica Barbaro — pelo seu papel como Joan Baez no filme "Bob Dylan: Unknown";
- Ariana Grande — pelo seu papel como Glinda no musical "Wicked: The Tale of the Witch of the West";
- Felicity Jones — pelo seu papel como Erzsébet Toth no filme "Brutalist";
- Isabella Rossellini — pelo seu papel como Irmã Agnes no filme "The Clave."
Melhor Roteiro Adaptado: Peter Straughan por Conclave, baseado no romance de Robert Harris
Conclave mostrou como a eleição de um novo Papa é conduzida após a morte do anterior. Vemos intrigas, jogos sujos, traições e alianças secretas entre cardeais que desejam transferir o título de chefe da Igreja Católica para a pessoa certa. Durante o processo de votação, os segredos obscuros dos candidatos são revelados, e o favorito muda várias vezes. É uma espécie de análogo da série House of Cards, cuja ação se passa não em Washington, mas no Vaticano.
Nomeados:
- Jacques Audiard — Emilia Perez, baseado no libreto da ópera homônima do autor;
- James Mangold e Jay Cocks — Bob Dylan: Unknown, baseado no livro de Elijah Wald Bob Dylan's Going Electric;
- RaMell Ross e Joslyn Barnes — The Nickel Boys, baseado no romance homônimo de Colson Whitehead;
- Clint Bentley, Greg Kwedar, Clarence Maclin, John Divine G Whitfield — Sing Sing, baseado no programa de reabilitação prisional Reabilitação Através das Artes.
Melhor Longa-Metragem de Animação: Straume
O filme da Disney, Divertida Mente 2, arrecadou $1,69 bilhões nas bilheteiras e se tornou um dos filmes de animação de maior bilheteira de todos os tempos. No entanto, o júri do Oscar optou por não escolhê-lo, mas sim o modesto Straume, que foi muito elogiado pela crítica, mas passou praticamente despercebido pelo público. Sua trama é simples — um gato tenta se salvar durante uma inundação. É impossível escapar da água, então você tem que encontrar uma maneira de permanecer na superfície e não se afogar. Ao mesmo tempo, não há diálogos no desenho animado, mas eles não são necessários, pois as ações dos animais são compreensíveis e lógicas.
Indicados:
- Divertida Mente 2;
- O Robô Selvagem;
- Memórias de um Caracol;
- Wallace & Gromit: Vingança Mais Fowl.
Outros Prêmios
- Melhor Roteiro Original: Sean Baker — Anora;
- Melhor Filme Estrangeiro: Eu Ainda Estou Aqui;
- Melhor Curta-Metragem de Ação Ao Vivo: Eu Não Sou um Robô;
- Melhor Longa-Metragem Documental: Nenhuma Outra Terra
- Melhor Curta-Metragem Documental: A Única Garota na Orquestra
- Melhor Curta-Metragem de Animação: Na Sombra do Cipreste
- Melhor Trilha Sonora: Daniel Blumberg, Brutalist
- Melhor Canção Original: El Mal, Emilia Perez
- Melhor Som: Duna: Parte Dois
- Melhor Direção de Arte: Wicked: A História da Bruxa do Oeste
- Melhor Cinematografia: Lol Crawley, Brutalist
- Melhor Maquiagem e Penteado: Substance
- Melhor Design de Figurino: Wicked: A História da Bruxa do Oeste;
- Melhor Edição: Anora;
- Melhores Efeitos Visuais: Duna: Parte Dois.
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