"Como está" — é exatamente assim que recebemos o jogo de computador Alan Wake. Dois anos após o lançamento do jogo no Xbox 360, a Remedy Entertainment não fez nada para portar o jogo adequadamente para computadores pessoais. Essencialmente, o que os jogadores recebem é um projeto típico de console, lançado no PC apenas por lançá-lo. E, claro, ele sofre de todos os problemas presentes nos consoles. Apenas os desenvolvedores não tinham desejo de curar o jogo de suas "doenças."
Controles
Literalmente tudo gera reclamações. E a primeira coisa é, claro, a visão em terceira pessoa desajeitada e a lentidão do personagem principal. Atirar em inimigos sombrios é uma tarefa muito tediosa, e com a tática certa, também é entediante. As armas — elas são saídas diretamente do meio do século 19. Quem ainda usa um revólver e uma espingarda de cano duplo hoje em dia? E por que um jogo de PC precisa de um sistema de esquiva de inimigos quando você pode simplesmente correr e pular?
Teria sido muito mais simples lançar o jogo com uma visão em primeira pessoa e armas modernas. Por que eles não poderiam ter adicionado elementos de combate corpo a corpo usando pelo menos um bastão ou uma barra de metal? Você pode dizer: "qual é o problema?" mas a jogabilidade desagradável mata todo o prazer do jogo. Não é coincidência que este item de menu seja chamado de "Controles."
Acordado
O jogo não pode realmente ser classificado como um gênero "horror", já que a atmosfera e os inimigos não são assustadores. Você pode até deixar crianças jogarem Alan Wake, já que o jogo não contém sangue, palavrões, momentos assustadores ou qualquer uma das outras coisas com as quais projetos AAA estão saturados. "Thriller psicológico" é um rótulo bastante apropriado. Alan, completamente em choque, luta desesperadamente contra os inimigos e sobrevive apesar de todos os golpes que o destino lhe impõe.
De vez em quando, a inspiração atinge os escritores, e eles começam a contar uma história um tanto coerente, apesar de sua natureza geral arrastada (principalmente devido à jogabilidade estendida). No entanto, o final do jogo pode levantar algumas questões.
Mas há algo de bom?
Como eu deveria colocar... Você chega em uma cidade desconhecida, para uma pessoa desconhecida. Você confiaria no primeiro estranho que encontra — especialmente uma mulher, especialmente vestida de preto, e parada em um beco escuro?* Mas nosso Alan, apenas um cara direto, pegou as chaves e seguiu em frente. Ele se envolveu em um acidente, sofreu uma concussão, voltou a si e saiu correndo para procurar sua amada.
Se os primeiros atos do jogo levantam uma tonelada de perguntas, a história depois se suaviza, tornando-se bastante transparente, compreensível e, às vezes, interessante. A ideia com a "sombra," inimigos e objetos possuídos, e a mudança na jogabilidade entre dia e noite—todas essas são boas ideias. E é bem possível que, há dois anos, a criação da Remedy Entertainment pudesse ter recebido excelentes críticas dos jogadores. Especialmente considerando que 99,9% dos jogos de console são jogos de luta e corrida. Mas um fracasso nas vendas é um destino óbvio para um "thriller psicológico" tão lento e arrastado.
Gráficos e Som
Os gráficos parecem ser a única coisa na qual os desenvolvedores realmente se concentraram. Suporte a DirectX 10, texturas de alta qualidade, excelente design de som e boa distância de visão. O ciclo dia e noite, streaming de localização e animação de personagens estão todos feitos no mais alto nível. Tudo isso corresponde totalmente aos padrões atuais de gráficos. Um pequeno ponto negativo pode ser a animação facial, mas isso pode ser perdoado—há muito pouco diálogo no jogo.
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O jogo deveria ter sido lançado no PlayStation 3 antes de tudo. É lá que Alan Wake teria se encaixado: a configuração do controle, "Pressione X para Vencer," "grandes histórias em consoles," e assim por diante. Mas o jogo foi lançado no PC, e agora pode ser recomendado para aqueles que gostam de ler romances policiais e gostam de vasculhar cada canto do mapa em busca de munição, anotações ou outras coisas. Mas a pergunta principal—"Por que arruinar uma boa ideia se você não planeja colocar o máximo de esforço em refinar a jogabilidade da versão para PC?"—permanecerá sem resposta.