O Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Arábia Saudita concluíram sua colaboração conjunta no projeto dos Jogos de Esports. As partes chegaram a uma decisão de desenvolver essa área de forma independente.
A ideia de realizar Jogos Olímpicos para atletas de esports inicialmente despertou o interesse tanto do movimento olímpico quanto da comunidade de jogos. No entanto, após um período de discussão e análise, os parceiros anunciaram a rescisão de sua colaboração, o que significa que as competições previamente agendadas para 2025 em Riade não ocorrerão mais.
O COI explicou que agora se concentrará em desenvolver um novo conceito para competições de esports. O formato futuro será baseado nos resultados de uma análise interna, que reuniu propostas de todas as partes interessadas. O Comitê observa que esse modelo deve alinhar-se melhor com os objetivos de longo prazo do Movimento Olímpico e acelerar o lançamento dos primeiros Jogos de Esports.
Em suas declarações, o COI enfatizou repetidamente que os jogos devem estar alinhados com os valores olímpicos, o que significa que competições baseadas em violência provavelmente não seriam aprovadas. O presidente do COI, Thomas Bach, apontou explicitamente que títulos populares como Call of Duty ou Counter-Strike "apresentam um desafio" para aprovação pelo Comitê devido ao seu conteúdo.
O COI demonstrou maior interesse nos chamados "esportes virtuais"—simuladores que combinam atividade física com tecnologia digital. Exemplos incluem simuladores de corrida, remo virtual ou competições em bicicletas estacionárias, que já fizeram parte de iniciativas do COI como a Série Virtual Olímpica.
A Arábia Saudita, por sua vez, mantém sua intenção de desenvolver esports em sua própria direção. Por exemplo, o Reino já anunciou seu próprio grande torneio—o Esports Nations Cup—agendado para novembro de 2026 com o apoio de várias grandes empresas de jogos. A decisão de seguir caminhos separados aponta para uma busca pelo formato ideal para integrar os esports na agenda esportiva global. Agora, cada um dos antigos parceiros terá que implementar seus projetos de forma independente.