Enquanto grande parte da indústria de jogos se apressa para abraçar a inteligência artificial, o CEO da Take-Two, Strauss Zelnick permanece cético. Segundo ele, a IA nunca será capaz de produzir algo comparável a um jogo como Grand Theft Auto.
Em uma entrevista à CNBC, Zelnick fez uma pergunta retórica — você poderia simplesmente pressionar um botão e fazer a IA gerar algo equivalente ao plano de marketing de GTA? A resposta, disse ele, é obviamente não. Na verdade, o resultado seria “altamente derivativo.”
Vamos supor que a IA não tivesse restrições. Primeiro, você ainda não poderia tecnicamente fazer isso. E segundo, eu acredito que você não obteria nada bom a partir disso. Você acabaria com algo derivativo.
O principal problema, argumenta Zelnick, é que a inteligência artificial não pode inovar. Por sua própria natureza, ela “olha para trás” — seus modelos preditivos são construídos com base em material existente, em vez de algo verdadeiramente novo.
A posição de Zelnick contrasta fortemente com as tendências da indústria. A Electronic Arts, por exemplo, incentivou os funcionários a tratar a IA como “parceiros de pensamento” em todas as áreas de desenvolvimento. Hideo Kojima e Glen Schofield publicamente instaram os desenvolvedores a abraçar ferramentas de IA na criação de jogos, enquanto pesquisas recentes mostram que mais da metade dos editores japoneses já estão usando a tecnologia de alguma forma.
A Microsoft também está avançando com a integração da IA — incorporando IA e controles de voz no Windows 11 — embora o chefe da Microsoft Gaming, Phil Spencer admitiu que seu uso principal continua sendo em aplicações de segurança.
Zelnick tem sido consistente em sua posição. No início deste mês, ele afirmou que a indústria continua a superestimar as reais capacidades da inteligência artificial.