Pela primeira vez, a inteligência artificial está gerando mais texto online do que as pessoas, de acordo com um estudo recente. Pesquisas do grupo Graphite indicam que cerca de 52% do conteúdo escrito na web agora se origina de algoritmos de IA, em vez de mentes humanas. Os analistas chegaram a essa conclusão impressionante após acompanhar tendências nos últimos cinco anos e processar dados de dezenas de milhares de páginas da web.
A explosão aconteceu após os chatbots de IA se tornarem populares no final de 2022. No início de 2025, a IA assumiu brevemente a liderança, e sua participação agora se estabilizou em pouco mais da metade de todo o conteúdo.
No entanto, a verdadeira história não é a quantidade, mas a qualidade e a popularidade desse conteúdo—e é aí que fica interessante. Os motores de busca se tornaram hábeis em filtrá-lo. Por exemplo, entre os resultados que o Google exibe em sua primeira página para consultas populares, apenas cerca de um em sete foi gerado por IA. Isso mostra que os algoritmos de classificação são atualmente eficazes em identificar texto escrito por máquinas e priorizar trabalhos genuinamente originais.
A pesquisa também revelou um paradoxo curioso: os modelos de IA, ao gerar respostas, tendem a depender mais de artigos escritos por humanos do que de conteúdo de outras IAs. Por exemplo, o ChatGPT citará conteúdo de autoria humana em 8 de cada 10 casos. Assim, embora a IA tenha inundado vastos espaços digitais, assumindo a criação de material de referência, tanto as redes neurais quanto os motores de busca ainda recorrem a fontes humanas para respostas relevantes e autoritativas.
Portanto, apesar dos medos de que os humanos sejam completamente excluídos da internet, isso claramente não está acontecendo tão cedo. O conteúdo gerado por IA encontrou seu nicho, mas a confiança e a palavra final na curadoria da informação ainda repousam firmemente com as pessoas e suas ferramentas.