Comentários do CEO da AMD sobre rumores de uma parceria com a Intel

Comentários do CEO da AMD sobre rumores de uma parceria com a Intel

Arkadiy Andrienko

Em uma entrevista relacionada ao acordo da AMD e OpenAI, a CEO da AMD, Lisa Su, abordou os rumores de uma potencial colaboração entre os dois rivais de microprocessadores, AMD e Intel, embora sua resposta tenha fornecido pouca clareza. Quando questionada diretamente sobre a possibilidade de aproveitar as capacidades de fabricação da Intel, Su não descartou a ideia. Em vez disso, ela cuidadosamente desviou o foco para as parcerias existentes da AMD.

Estamos sendo muito deliberados sobre como configuramos nossa cadeia de suprimentos, temos uma parceria profunda com a TSMC em todo o portfólio.
— CEO da AMD, Lisa Su

Simultaneamente, ela destacou outra prioridade estratégica—expandir a capacidade de fabricação dentro dos Estados Unidos.

Estamos absolutamente focados em construir capacidade nos EUA, e achamos isso muito importante, isso é sobre construir a pilha de tecnologia de IA dos EUA, e queremos que uma parte significativa disso esteja aqui.
— CEO da AMD, Lisa Su

Esse tipo de frase deixa espaço para interpretação, mas os analistas veem isso mais como um sinal de contenção. O principal obstáculo para qualquer aliança desse tipo é a rivalidade intensa e de longa data entre as empresas em praticamente todos os segmentos, desde PCs para consumidores até soluções de data center. Uma parceria direta de fabricação entre os dois concorrentes também criaria complexidades operacionais significativas para ambos.

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Especialistas sugerem que o interesse hipotético da AMD na Intel provavelmente surgiria apenas em um cenário: se visse um potencial significativo nas novas tecnologias de fabricação da Intel, como seu nó de processo 18A. Nesse caso, a AMD poderia considerar uma estratégia de diversificação de fornecedores para evitar depender exclusivamente da TSMC.

Por enquanto, a conversa sobre uma parceria permanece especulativa. Como demonstrado pelo exemplo do investimento da NVIDIA na Intel, tais movimentos no mundo real são frequentemente ditados não apenas pela viabilidade tecnológica, mas também pelo clima político, incluindo o impulso da administração dos EUA para apoiar a produção doméstica de semicondutores.

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