Google confirmou oficialmente que encerrou totalmente o suporte para consultas de busca em navegadores com javascript desativado, com efeito a partir de 11 de setembro deste ano. A política, que vinha sendo implementada gradualmente desde o final de 2024, agora está totalmente em vigor, impactando milhões de usuários que desativam conscientemente o javascript por razões de segurança ou utilizam navegadores que não o possuem.
Muitos usuários da internet desativam deliberadamente o javascript em seus navegadores, principalmente por razões relacionadas à segurança e privacidade. Em ambientes de alta segurança, onde a proteção máxima de dados é necessária, desativar o javascript é uma prática padrão para mitigar riscos associados a vulnerabilidades do navegador ou ataques direcionados por agentes maliciosos.
De acordo com os próprios dados do Google, a participação de consultas de busca processadas sem javascript era inferior a 0,1% do total. No entanto, os números absolutos ainda são significativos: dado que o Google lida com aproximadamente 8,5 bilhões de consultas por dia, mesmo 0,1% se traduz em aproximadamente 8,5 milhões de consultas diárias. Consequentemente, essa decisão afeta pelo menos vários milhões de usuários ativos em todo o mundo para os quais o javascript desativado é uma escolha consciente.
A posição oficial do Google se concentra em melhorar a segurança e combater abusos. Um representante da empresa afirmou que a exigência de javascript permite que eles protejam melhor o mecanismo de busca contra bots, spam e tentativas de manipular os resultados de busca. O Google afirma que isso é necessário para combater ameaças em evolução e melhorar a experiência geral do usuário.
De acordo com relatos do Search Engine Roundtable, a mudança já causou interrupções em ferramentas de terceiros usadas para analisar as classificações de busca do Google. O próprio Google se recusou a comentar sobre esse efeito colateral. Além disso, é possível que alguns usuários anteriormente fiéis possam mudar para motores de busca alternativos que não impõem tais requisitos, o que poderia impactar potencialmente a participação de mercado do Google.
Outros motores de busca que não possuem mandatos semelhantes de javascript incluem DuckDuckGo, Brave Search, Yandex e Searx. A indústria estará atenta para ver se outros grandes players seguirão o exemplo do Google e tornarão o javascript obrigatório em suas plataformas também.