
Brinquedos de Pelúcia com Inteligência Artificial Visam Ser a Alternativa ao Tablet para Crianças

Uma nova tendência está surgindo no mercado infantil: brinquedos de pelúcia com inteligência artificial estão rapidamente ganhando popularidade. A startup Curio lançou uma linha — Grem, Grok e Gabbo — posicionando-os como alternativas a dispositivos eletrônicos para crianças a partir de 3 anos. A Curio não está sozinha. O mercado está se enchendo de ursos "inteligentes", robôs e até uma capivara oferecendo recursos semelhantes. Um recente anúncio de parceria entre a OpenAI e a Mattel (fabricante da Barbie) sinaliza a chegada iminente da IA nas marcas infantis tradicionais.
Dentro de cada personagem há um módulo de voz com acesso à internet e um chatbot de IA. As crianças podem conversar com o brinquedo, fazer perguntas e jogar jogos de palavras, o que os criadores afirmam fazer com que os brinquedos pareçam "vivos". A proposta central? Reduzir o tempo gasto grudado em tablets, TVs e smartphones, já que o amigo de IA supostamente incentiva brincadeiras independentes e sem telas.
No entanto, testes práticos realizados por jornalistas revelam alguns aspectos inquietantes. Interagir com Grem supostamente parece menos um "brinquedo encantado" e mais um "substituto da atenção dos pais". O brinquedo busca ativamente um terreno comum, promovendo uma ilusão de conexão pessoal. Isso levanta a questão: um gadget assim prejudica a interação humana genuína, crucial para o desenvolvimento da inteligência emocional?
A Curio enfatiza salvaguardas rigorosas: o bot filtra tópicos inadequados e envia transcrições completas de todas as conversas para um aplicativo dos pais. Embora a empresa afirme que os dados não são armazenados a longo prazo e são usados apenas para supervisão parental, a própria noção de monitorar constantemente as conversas privadas de uma criança com um brinquedo apresenta um dilema ético. Os pais também podem "personalizar" os interesses do bot para seu filho ou até usá-lo para lembrar regras.
A questão central permanece: um brinquedo de pelúcia falante com IA se tornará uma ferramenta útil, despertando curiosidade no mundo "analógico", ou é apenas uma forma mais suave de dependência tecnológica? A resposta parece depender não apenas das capacidades do gadget, mas do papel que os adultos escolhem dar a ele na vida de seus filhos. Por enquanto, alguns pais que estão testando a novidade estão simplesmente removendo o módulo eletrônico, voltando aos bons e velhos animais de pelúcia para brincadeiras imaginativas. Os novos brinquedos da Curio estão à venda por $99.
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