O mercado de processadores centrais está no meio de mudanças estruturais significativas. De acordo com dados da Citi e da Mercury Research, os CPUs baseados em Arm continuam a expandir sua presença. No primeiro trimestre de 2025, a participação da Arm subiu para 13,6%, em comparação com 10,8% um ano antes. Esse ganho se destaca ainda mais em meio a quedas tanto da Intel (agora com 65,3%) quanto da AMD (21,1%).
Vários fatores-chave estão impulsionando o crescente apelo da Arm. Primeiro, a eficiência energética — uma força tradicional da Arm — se tornou uma prioridade máxima, especialmente em ambientes móveis, laptops e na nuvem. Em segundo lugar, mais empresas estão projetando seus próprios chips baseados em Arm: a Apple com sua série M, a Qualcomm com o Snapdragon X de próxima geração, e a Amazon com seus processadores Graviton para centros de dados da AWS.
Enquanto isso, o x86 — apesar das grandes melhorias nos últimos chips da Intel e da AMD — está gradualmente perdendo seu status como a arquitetura universal. Especialistas esperam que a participação de mercado da Arm continue crescendo nos próximos dois a três anos, especialmente nessas áreas:
Dito isso, o x86 não está parado. A Intel está impulsionando arquiteturas híbridas como Meteor Lake com designs de chiplet, enquanto a AMD foca na versatilidade da plataforma e na integração de IA. No entanto, o impulso da Arm não é mais apenas uma tendência passageira — é uma mudança de longo prazo. Se a trajetória se mantiver, podemos estar entrando em uma era de verdadeira diversidade arquitetônica, onde x86 e Arm coexistem como iguais em uma ampla gama de dispositivos, de smartphones a servidores em nuvem alimentados por IA.