Inteligência Artificial para Participar na Elaboração de Legislação nos EAU

Inteligência Artificial para Participar na Elaboração de Legislação nos EAU

Arkadiy Andrienko

Os Emirados Árabes Unidos anunciaram um projeto piloto para incorporar inteligência artificial na criação e revisão de legislação. Se bem-sucedida, a iniciativa tornaria os EAU pioneiros no uso de algoritmos para a elaboração de leis.

De acordo com relatos da mídia local, o sistema de IA processará uma vasta base de dados que inclui leis federais e regionais, decisões judiciais e estatísticas de serviços públicos. Usando esses dados, ele proporá emendas às regulamentações atuais ou redigirá novos projetos de lei, avaliando seu impacto potencial na economia e na sociedade. Uma agência dedicada — o Escritório de Inteligência Regulatória — foi estabelecida para supervisionar o processo.

As autoridades esperam que os algoritmos também sejam capazes de prever quando mudanças legislativas são necessárias antes que problemas surjam, enquanto reduzem os custos associados à contratação de consultores jurídicos. Embora a maioria dos países atualmente use IA principalmente para análise de documentos ou simplificação burocrática, os EAU planejam usá-la para a elaboração real de leis — um avanço significativo. No entanto, especialistas alertam para riscos potenciais.

Modelos de IA são propensos a gerar informações falsas, e seus processos de tomada de decisão muitas vezes carecem de transparência. Apesar das preocupações, os EAU estão comprometidos em avançar com o experimento. Se o projeto for bem-sucedido, poderá estabelecer um precedente para a automação de funções governamentais — mas a questão de saber se a IA pode realmente substituir especialistas jurídicos humanos permanece sem resposta.

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