A administração dos EUA anunciou uma suspensão de curto prazo do aumento das tarifas de importação sobre smartphones, laptops e outros dispositivos eletrônicos. No entanto, os oficiais deixaram claro que esta é uma medida temporária — dentro dos próximos um a dois meses, esses produtos podem estar sujeitos a novas tarifas focadas em semicondutores.
De acordo com o Secretário de Comércio dos EUA, Howard William Lutnick, o alívio atual visa reavaliar como os bens tecnológicos críticos são tributados. O objetivo é incentivar a fabricação doméstica e reduzir a dependência de fornecedores chineses. Recentemente, a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA removeu eletrônicos de uma lista de bens sujeitos a “tarifas recíprocas” — 125% para importações chinesas e 10% para outras. Mas, como Donald Trump afirmou nas redes sociais, isso não é uma reversão — é uma “reatribuição para um bucket de tarifas diferente.” Isso significa que uma nova categoria de tarifas está sendo criada especificamente para semicondutores e tecnologia relacionada. Espera-se que essas novas tarifas sejam mais baixas do que a taxa de 125% para a China, mas mais altas do que os 10% padrão.
O Ministério do Comércio da China chamou a medida dos EUA de “pequeno passo em direção à correção de erros passados”, instando Washington a abandonar sua abordagem unilateral completamente. Enquanto isso, as autoridades dos EUA lançaram uma investigação sobre as cadeias de suprimento para eletrônicos e semicondutores, visando avaliar potenciais riscos à segurança nacional.
Especialistas alertam que as próximas tarifas sobre semicondutores — que podem ser reveladas dentro de semanas — podem aumentar os preços dos eletrônicos de consumo. No entanto, detalhes importantes como as taxas exatas e a lista de produtos afetados permanecem em sigilo. Por enquanto, os fabricantes de eletrônicos estão desfrutando de um breve alívio, mas outra rodada de desafios pode estar logo ao virar da esquina, à medida que o comércio global de tecnologia se prepara para o impacto.