A Biblioteca do Congresso dos EUA incluiu o som de inicialização do Windows 95 no Registro Nacional de Gravações (NRR), uma coleção dedicada a preservar gravações de áudio de importância cultural, histórica ou estética. A medida mostra como até mesmo artefatos tecnológicos antes comuns podem se tornar ícones culturais, capturando a essência de uma era.
O som foi composto pelo músico britânico Brian Eno, embora nunca tenha sido destinado a se tornar um marco histórico. Em 1995, a Microsoft estava em busca de um som que evocasse uma sensação de "progresso e descoberta." Eno, conhecido por suas composições eletrônicas inovadoras, enviou 84 versões diferentes. A que foi escolhida tinha seis segundos de duração — o dobro do tempo que a Microsoft havia solicitado — mas acertou a nota perfeita. Eno a descreveu como um "som quente e amigável" para dar boas-vindas aos usuários no mundo digital.
O Windows 95 marcou um ponto de virada na computação doméstica. Com uma interface simplificada, suporte plug-and-play e outras inovações amigáveis ao usuário, abriu o mundo dos PCs para milhões. Esse som de inicialização acompanhou inúmeras primeiras experiências — navegando na internet primitiva, escrevendo relatórios escolares e, sim, lidando com travamentos — tornando-se uma parte fundamental da nostalgia tecnológica de muitas pessoas. Especialistas observam que é essa mistura de otimismo ingênuo e imperfeições cotidianas que confere ao registro seu peso cultural.
Em 2025, o Registro também recebeu a trilha sonora do início do Minecraft Alpha (2011), ao lado de obras de Elton John e Celine Dion. Curiosidade: Daniel Rosenfeld compôs a música icônica do Minecraft antes que a Microsoft adquirisse o jogo, sublinhando suas raízes independentes. Para muitos, no entanto, o som de inicialização do Windows 95 permanece uma cápsula do tempo sonora de uma era em que os computadores pessoais saíram do escritório e entraram em nossas casas.