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Micron Gera uma Onda de Aumentos de Preços de Memória Até 2026

Arkadiy Andrienko
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A gigante tecnológica americana Micron revelou oficialmente uma revisão drástica de sua estratégia de preços para produtos DRAM e NAND. De acordo com a declaração da empresa, os preços da memória aumentarão gradualmente até 2026. O aumento é impulsionado pela demanda crescente da indústria de IA, serviços em nuvem e um mercado de eletrônicos de consumo em recuperação.

Um dos principais motores desses aumentos de preços é a memória de alta largura de banda (HBM), que é essencial para os aceleradores de IA da NVIDIA, AMD e Intel. A demanda por essas soluções já superou as previsões em 2,5 vezes em 2024, e a Micron estima que, até 2026, a escassez de HBM atingirá níveis críticos. Para liderar a corrida pelo HBM, a Micron está investindo $7 bilhões em uma nova planta dedicada à memória de próxima geração — HBM3E e HBM4. Prevista para ser lançada em 2026, a instalação triplicará a capacidade de produção da empresa. No entanto, especialistas alertam que mesmo essas medidas não atenderão totalmente à demanda do mercado.

Enquanto isso, o boom da IA também está alimentando a demanda por tipos tradicionais de memória. Fabricantes de smartphones e PCs que planejam lançamentos de destaque para 2025–2026 já aumentaram seus pedidos em 30% em comparação com o ano passado, colocando uma pressão sem precedentes nas cadeias de suprimento. A Micron está instando os parceiros a assinarem contratos de longo prazo para garantir os preços, mas os players menores correm o risco de ficar para trás.

O mercado de memória está entrando em uma era de turbulência. Enquanto os preços antes seguiam tendências cíclicas, agora estão passando por mudanças estruturais impulsionadas pela IA. Isso significa custos crescentes para as empresas e uma corrida tecnológica acelerada: aqueles que adaptarem sua produção rapidamente emergirão como novos líderes de mercado, enquanto outros correm o risco de perder terreno. Para os consumidores do dia a dia, a mensagem é clara: a era de dispositivos "inteligentes, mas caros" veio para ficar.

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