S.T.A.L.K.E.R.: Shadow of Chernobyl

Não sou fã do jogo; é mais ou menos, não é um jogo de ação nem um RPG, não se encaixa em nenhuma categoria, um C-, considerando que levou anos para ser feito.

A vida artificial é mal projetada. Os NPCs estão constantemente perambulando em estacionamentos, sentados, tocando violão, contando histórias e piadas sem graça. Eles vivem ao ar livre, em todas as condições climáticas. Comem e bebem sem tirar suas armaduras. Ninguém coleta artefatos, exceto o personagem principal. A IA é fraca, os NPCs e mutantes se comportam irracionalmente, não veem ameaças, morrem por estupidez e não percebem anomalias. Eles bloqueiam a passagem por portas, é simplesmente irritante. É demais, o personagem principal precisa ser alimentado ou morrerá.

O mundo aberto não é tão aberto assim. Radiação, arame farpado e anomalias criam um corredor invisível, e a fase final da Usina Nuclear de Chernobyl, com seus teletransportadores, é praticamente um jogo de tiro em corredor. Por outro lado, o mundo aberto dificulta o progresso das missões da história. O personagem principal morre na zona de transição por causa de mutantes! Mutantes ou NPCs podem matar o NPC que dá a missão, e eles nem sequer oferecem resistência. Um NPC amigável pode ser morto porque o personagem principal está tendo uma convulsão.

As missões secundárias são monótonas: proteger, matar, trazer. Muitas vezes não há benefício, pois o pagamento é em dinheiro, sem experiência. E não há necessidade de comprar nada dos mercadores. Itens úteis podem ser encontrados, e atirar em NPCs hostis rende montanhas de munição e armas.

Também não há necessidade de vasculhar esconderijos.

Coletar artefatos também não é particularmente necessário; a maioria deles é inútil e radioativa. Você precisa de artefatos para proteção contra radiação, e esses são extremamente raros. Você também pode usar artefatos para aumentar a resistência a balas e a resistência física. O resto pode ser vendido por dinheiro inútil.

As batalhas gradualmente se tornam repetitivas e cansativas porque nunca podemos vencer, e os NPCs são renderizados novamente a cada carregamento de fase. Você atravessa o Lixão tantas vezes quanto atira nos bandidos. Há muitas armas no jogo, mas a limitação do inventário impede que você equipe o personagem principal com uma variedade delas. A precisão é tão aleatória que os bandidos podem morrer com um único tiro na cabeça, e às vezes nem mesmo um pente inteiro é suficiente.

Foi interessante explorar algumas das masmorras: é escuro, há sons estranhos, você não sabe o que tem lá, espera que algo ruim aconteça, é assustador.

No geral, o jogo acabou sendo um pouco decepcionante, seu potencial desperdiçado. Não há nada para fazer além de completar as missões da história.