Jogos No, I'm not a Human Todos os comentários Avaliação de HOSEA (invitado)
HOSEA (invitado)
6 de novembro de 2025

Dizer que este jogo é imersivo seria um eufemismo. Sua paleta de cores saturadas durante o dia, contrastando com os tons esverdeados e doentios da noite, cria uma atmosfera inesquecível. A trilha sonora mistura nostalgia, religião e misticismo, mas com uma constante sensação de ameaça. Seus personagens oscilam na beira do vale da estranheza, mas parecem mais humanos e complexos do que o protagonista típico de um jogo AAA.

O conceito é simples: um homem, abandonado por um mundo cruel, vive em uma casa isolada da sociedade, em uma paz vazia. Até que seu vizinho, depois de beber demais, chega para avisá-lo de duas coisas. Primeiro, que ele não pode sair de casa durante o dia: o sol emite temperaturas insuportáveis ​​para humanos. Segundo, que ele deve deixar estranhos entrarem em sua casa, pois um contato lhe garantiu que isso seria obrigatório para sobreviver.

Em seguida, somos apresentados aos Visitantes: replicantes humanos, idênticos a pessoas reais, mas com sutis sinais de inautenticidade. Traços tão comuns que poderiam passar despercebidos em qualquer pessoa. O jogo brinca com a moralidade, a confiança na mídia e o próprio valor da vida. Faz isso de uma forma que desarma e deixa um vazio.

É um jogo de baixo orçamento, desenvolvido com uma simplicidade técnica que contrasta fortemente com o enorme peso emocional e simbólico que transmite. Não precisa de gráficos avançados para imergir o jogador; sua atmosfera, som e mensagem são suficientes.

Recomendo a todos os seres humanos capazes de ligar um computador. Não é um desafio técnico, mas psicológico. Não testa seus reflexos, mas sua mente.

Jogabilidade
9.5 / 10
Gráficos
10 / 10
Enredo
10 / 10
Controle
8.1 / 10
Som e música
10 / 10
Localização
9.5 / 10
9.7
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