Hoje, Steel Seed — um jogo de ação sci-fi sombrio dos criadores de Close to the Sun — foi lançado. O jogo promete imergir os jogadores em um mundo atmosférico, brutal e filosoficamente rico, levantando uma questão sempre relevante: o que realmente nos separa dos robôs? Vamos descobrir quão bem ele entrega em nossa análise.
Steel Seed não sobrecarrega o jogador com uma longa exposição e começa com uma bela introdução cinematográfica no estilo dos créditos de um filme. A personagem principal, Zoe, acorda em um corpo nem tão humano e tenta se adaptar a ele, auxiliada por seu guia robótico, Koby.
Dê apenas um passo para fora da área inicial, e fica imediatamente claro: haverá muito o que ver. Steel Seed se passa no interior de uma gigantesca megestrutura, e os desenvolvedores abordaram o design do local com grande habilidade e criatividade.
O mundo não é apenas um pano de fundo — é uma entidade viva. Cheio da estética sombria de terras devastadas pela indústria, evoca emoções muito especiais. Fascina, repele, assusta e atrai você ao mesmo tempo. Faz você se sentir pequeno. E por criar esse poderoso coquetel, os desenvolvedores merecem elogios.
No entanto, à medida que o jogo introduz lentamente (e habilidosamente, é preciso dizer) todas as suas mecânicas, é decepcionante notar que a fonte de criatividade seca precisamente na fase de design de níveis.
A jogabilidade de Steel Seed pode ser grosseiramente dividida em três partes: parkour, furtividade e combate. Todas elas são implementadas de forma bastante decente.
O parkour é sólido, nas melhores tradições do "old school." Lembrou-nos de clássicos como Prince of Persia e Remember Me. É intuitivo, mas não tem medo de desafiar o jogador.
Do you enjoy parkour in games?
Participar da pesquisaO sistema de furtividade é bom — pelo menos, não há nada realmente a criticar. Mas também não inspira muita empolgação. É competente, mas não oferece nada novo que os concorrentes já não tenham feito.
O combate é, sem dúvida, a parte mais fraca. Embora os desenvolvedores tenham tentado apimentar as lutas com diferentes habilidades — incluindo as do companheiro drone — lutar simplesmente parece entediante. Felizmente, o combate não é excessivamente frequente. O jogo é flexível, permitindo que os jogadores escolham sua abordagem para vários segmentos.
No geral, Steel Seed deixa uma impressão agradável, mas não consegue surpreender. Isso não é necessariamente ruim. Storm in a Teacup simplesmente criou um jogo de ação sólido em um cenário incomum — mas parecia que a história almejava algo maior e, infelizmente, não conseguiu alcançá-lo.
A premissa de Steel Seed é uma que já vimos muitas vezes: Zoe está tentando encontrar seu pai. Pense por um momento em quantos jogos nos últimos 20 anos começaram com "encontre sua mãe, pai, filha, filho, parente ou algum outro familiar." É um clichê que continua sendo usado por uma razão simples — porque funciona.
Zoe procura por seu pai porque não tem outra escolha: a garota acorda em um corpo de ciborgue, confusa, com lacunas de memória, em um mundo dominado por máquinas. Seu único companheiro é o drone mencionado Koby — uma criação absolutamente adorável, a propósito.
Seguir sua jornada é agradável, mas não exatamente cativante. Apesar do conflito potencialmente fascinante — como preservar a humanidade quando você perdeu quase tudo que é humano — Steel Seed não se aprofunda o suficiente. O jogador fica com uma sensação de incompletude, como se os desenvolvedores pudessem ter ido mais longe, mas não o fizeram.
Ainda assim, Koby é excelente e extremamente cativante. Inicialmente, ele parece apenas uma ferramenta para resolver quebra-cabeças, mas com o tempo se torna um parceiro insubstituível e um âncora emocional para Zoe — e, sejamos honestos, para o jogador também. Muitos elogios aos desenvolvedores por ele.
Visualmente, o jogo impressiona com sua escala e detalhe. Como mencionamos anteriormente, o amor e o profissionalismo que foram investidos na criação do mundo são imediatamente óbvios. Mas há um lado negativo: os personagens — especialmente Zoe — empalidecem em comparação com os fundos deslumbrantes. O ambiente parece mais vivo do que a protagonista.
Isso se deve principalmente a animações bastante desajeitadas — particularmente expressões faciais. Adicione a isso a atuação de voz medíocre, e Zoe parece ainda menos viva. Às vezes, o companheiro robô reage a eventos de forma muito mais vívida do que a personagem principal.
No lado técnico, o jogo se comporta bem: Steel Seed é muito bem otimizado. Storm in a Teacup adiou o lançamento do início de abril para o final de abril, citando a necessidade de um polimento extra. Parece que valeu a pena.
Quanto à trilha sonora — a coisa mais adequada a dizer é que não irrita. Honestamente, essa também é a descrição mais sucinta do jogo como um todo.
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Steel Seed é um jogo de qualidade. Não é inovador — muito pelo contrário, é bastante conservador tanto na narrativa quanto na jogabilidade. Muito dele transmite uma sensação de “já vi isso antes” — mas é uma sensação agradável e nostálgica, como um déjà vu trazendo de volta uma memória calorosa.
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Participar da pesquisaAlgumas mecânicas e até mesmo o lançamento em si parecem “old-school”: é revigorante ver um pequeno estúdio lançar um jogo completo em vez de mais um título de acesso antecipado (também está disponível em consoles). Mas Steel Seed não chega a ser um clássico ou um jogo que você vai querer jogar novamente. Não ofende, mas também não faz você se apaixonar. Simplificando — uma bela peça de ficção científica, e não muito mais.